O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou neste sábado (27) que a alta de casos de Covid-19 no Brasil era “previsível” e que conversará com governadores na semana que vem sobre ações para enfrentar a pandemia.
Neste momento em que inúmeros governadores estão tendo que tomar a difícil decisão do lockdown, é hora de contribuir, buscando novas alternativas e novas vias legais para, juntos, mitigarmos essa crise.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) February 27, 2021
O aceno ocorre um dia depois de os chefes de Executivo dos estados serem atacados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por causa da adoção de medidas restritivas quando o Brasil enfrenta o seu pior momento na pandemia.
Os governadores criticam campanha de Bolsonaro contra medidas restritivas e falam em insensatez e negacionismo.
A data da conversa entre Lira e os governadores ainda não foi divulgada, mas a intenção do deputado é discutir alocação de recursos no Orçamento e definir projetos emergenciais para pautá-los na Câmara.
O presidente da Câmara voltou a defender que a vacinação seja agilizada no Brasil. O balanço da vacinação no país registra que 6.433.345 de pessoas já receberam a primeira dose, número que representa 3,04% da população brasileira.
Bolsonaro joga contra
Lira afirmou que neste momento, em que governadores anunciam aumento das restrições de circulação, com a opção de toque de recolher e lockdown, a “hora é de contribuir”.
Lira também quer ouvir sugestões dos governadores sobre medidas “legislativas emergenciais” para serem analisadas em “caráter de urgência”, mas “respeitando o teto fiscal, com o objetivo de enfrentar os efeitos da Covid 19”.
Por outro lado, o presidente da República disse que “esses que fecham tudo e destroem empregos estão na contramão daquilo que seu povo quer”.
“Não me critiquem, vá para o meio do povo mesmo depois das eleições porque durante as eleições é muito fácil. Eu quero ver é depois.”Horas depois, ainda na sexta-feira, Bolsonaro voltou ao assunto em novo discurso em Fortaleza, transferindo para os governadores que adotam medidas restritivas o pagamento de auxílio emergencial.