Existe a possibilidade de adiamento da votação do Projeto de Lei das Fake News na Câmara dos Deputados, que estava prevista para acontecer hoje (2).
O motivo são as chances de o texto ser rejeitado pelo plenário, com a virada do partido Republicanos. A sigla foi essencial na aprovação do regime de urgência por 238 a 192, com 29 votos a favor da tramitação mais rápida.
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Caso a votação siga o que foi registrado na última semana, mas com os votos invertidos, o texto não seria aprovado, uma vez que é necessário a maioria simples para que uma proposta avance na Câmara.
Hoje, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), terá uma conversa com os líderes dos partidos para decidir o próximo passo. O relator do texto, Orlando Silva (PC do B-SP), também deve se reunir com seus colegas. O adiamento é uma possibilidade que está sendo considerada tanto pelos governistas quanto pela oposição.
O placar apertado para impor urgência à matéria, a pressão das grandes empresas de tecnologia contra o texto e a saída de deputados, especialmente da bancada evangélica, tornaram o cenário incerto em relação à aprovação do projeto.
O PL das Fake News é considerado um dos projetos mais importantes para o governo neste primeiro semestre, juntamente com a pauta econômica. O Executivo acredita que a regulamentação das redes sociais impediria um avanço ainda maior da militância do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na internet.
Os apoiadores do ex-presidente têm esperança de derrubar o projeto. Na última quinta-feira (28), o relator Orlando Silva publicou a versão final do texto que será submetido ao plenário, incluindo concessões feitas para atender a reivindicações da bancada evangélica e da oposição. A previsão de uma agência reguladora já foi retirada do texto.