Segundo a Pesquisa Ipec, antiga Ibope,Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem ampla vantagem frente aos adversários e poderia vencer a eleição para a Presidência da República em primeiro turno.
No principal cenário analisado, o ex-presidente aparece com 48% dos votos e todos os outros candidatos juntos somam 38%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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No segundo cenário analisado — com apenas 5 concorrentes ao Planalto — o petista aparece com 49% dos votos, enquanto os outros candidatos juntos novamente somam 38%.
Para vencer uma eleição em primeiro turno, o candidato precisa ter 50% mais um dos votos válidos (não contam os votos em branco ou nulo). Com isso, Lula tem 56% dos votos válidos nos dois cenários considerados pelo Ipec.
É a primeira pesquisa depois da filiação do ex-ministro Sergio Moro pelo Podemos. Como o cenário é bem diferente do testado pelo instituto em setembro, pesquisa mais recente anterior à de hoje, não há base de comparação.
Confira os cenários:
Cenário 1: primeiro turno com 12 candidatos
- Lula (PT): 48%
- Jair Bolsonaro (PL) : 21%
- Sergio Moro (Podemos): 6%
- Ciro Gomes (PDT): 5%
- André Janones (Avante): 2%
- João Doria (PSDB): 2%
- Cabo Daciolo (PMN-Brasil 35): 1%
- Simone Tebet (MDB): 1%
- Alessandro Vieira (Cidadania): 0%
- Felipe d’Ávila (Novo): 0%
- Leonardo Péricles (UP): 0%
- Rodrigo Pacheco (PSD): 0%
- Brancos / Nulos: 9%
- Não sabem / Não responderam: 5%
Cenário 2: primeiro turno com 5 candidatos
- Lula (PT): 49%
- Jair Bolsonaro (PL) : 22%
- Sergio Moro (Podemos): 8%
- Ciro Gomes (PDT): 5%
- João Doria (PSDB): 3%
- Brancos / Nulos: 9%
- Não sabem / Não responderam: 5%
Eleitores
Os votos para Lula são mais expressivos entre quem avalia o governo de Jair Bolsonaro como ruim ou péssimo (68%); quem mora no Nordeste (63%); quem mora nas periferias das capitais (55%); e entre católicos (54%). Além disso, a pesquisa mostra que as intenções de voto no petista são maiores quanto menor a renda familiar mensal dos entrevistados.
Já Bolsonaro é mais popular entre os que avaliam sua administração como ótimo ou boa (75%); quem mora nas regiões Norte/Centro-Oeste (29%) e Sul (27%); e entre os evangélicos (33%) —grupo no qual aparece tecnicamente empatado com Lula.