22 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Maceió: MPE realiza diagnóstico de serviços oferecidos à crianças e adolescentes

Em bairros na parte alta da capital não há nenhum tipo de assistência voltada para crianças e adolescente

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE) entregou, nesta quinta-feira (14), durante audiência pública realizada no auditório Edgard Valente de Lima, no prédio-sede da instituição, o Diagnóstico da Rede da Infância de 14 bairros de Maceió. Com o levantamento é possível saber quais lacunas existem no atendimento público prestado às crianças e adolescentes e fomentar a criação de políticas públicas voltadas para este público específico.

Em uma primeira etapa o diagnóstico foi foi feito nos bairros e Cidade Universitária, Benedito Bentes, Antares, Santos Dumont, Santa Lúcia, Clima Bom, Tabuleiro do Martins, Rio Novo, Fernão Velho, Canaã, Ouro Preto, Santo Amaro, Jardim Petrópolis e Pinheiro.

O promotor de justiça Alexandra Beurlen esclareceu que as atividades para confeccionar o relatório que resultou no Diagnóstico da Rede da Infância continuará até alcançar os 50 bairros de Maceió. “Paramos agora por causa das eleições. Mas assim que passar o período eleitoral voltaremos aos trabalhos, audiência pública e encontros com as comunidades para que alcancemos todos os bairros. É preciso ouvir o cidadão, por que ele saberá como ninguém quais as reais necessidades do local onde mora”, garantiu.

“Começamos pelos locais onde tínhamos mais notícias de que haviam muitos casos de violência contra criança ou mesmo atos infracionais praticados por adolescentes. Também onde sabíamos de queixa da falta de escolas, creches e postos de saúde. Assim, resolvemos traçar esse diagnóstico nesses bairros”, contou a promotora de justiça.

No diagnóstico pode-se observar que bairros como Santo Amaro, localizado na parte alta de Maceió, não há nenhum tipo de assistência voltada para crianças e adolescentes. Além disso, foi detectada a ausência de professores, profissionais com problemas de saúde e várias unidades de ensino e de saúde com estrutura física deficiente.

“A constituição diz que crianças e adolescentes devem ter prioridades na hora de se construir políticas públicas. Desejamos garantir este direito, esse diagnóstico, estamos seguindo um caminho. Dar acesso à educação, saúde, assistência social e psicológica é garantir que esses meninos e meninas cresçam e exercitem sua cidadania”, ponderou.