O passaporte diplomático, que garante privilégios em viagem ao exterior, foi concedido na Câmara dos Deputados a pelo menos 404 filhos e cônjuges de deputados. Esse total supera o número de deputados que têm o documento (369) e dos que não têm, mas poderiam requerer (144).
A Presidência da Casa e o Itamaraty dizem que não há irregularidades na emissão. Segundo informações da Câmara, os passaportes diplomáticos dos familiares têm, em média, quatro anos de duração.
O deputado que tem o maior número de familiares com o documento, segundo o portal da Câmara, é o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Considerando o dele, são sete passaportes, para os filhos e a mulher.
Depois de Maia, há sete deputados com seis passaportes em casa, divididos entre os cônjuges, companheiros (as) e filhos (as):
- Arthur Lira (PP-AL)
- Celso Sabino (PSDB-PA)
- Cláudio Cajado (PP-BA)
- Da Vitória (Cidadania-ES)
- Edilázio Júnior (PSD-MA)
- Newton Cardoso Júnior (MDB-MG)
- Marcelo Aro (PP-MG)
Os demais deputados têm entre cinco, quatro, três e dois passaportes. Dos 369 deputados que têm passaporte especial, 161 têm apenas o pessoal. O passaporte diplomático é uma das cinco categorias desse documento que o país emite. Uma das diferenças do carimbo “diplomático” são os privilégios para quem viaja ao exterior.
Na prática, facilita o trânsito internacional, dá acesso a fila separada no serviço de imigração e mais facilidade para obter vistos, quando necessário. Isso porque o documento mostra que é um reconhecimento do governo ao portador.