A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, já conhecida no governo Bolsonaro, como “ministra veneno”, liberou nesta terça-feira, 17,mais 63 pesticidas para as lavouras do Brasil.
Com as novas liberações, a ministra totaliza assim 325 agrotóxicos liberados de janeiro a setembro deste ano. Uma das novidades é o fluopiram, da Bayer.
A liberação foi publicada no ato nº 62 do Diário Oficial da União. O documento (íntegra) foi assinado por Carlos Venâncio, coordenador-geral de agrotóxicos e afins no ministério. A data de assinatura é 13.set.2019.
Em todo o ano de 2019, o ministério autorizou o uso de 15 pesticidas à base de novos ingredientes. O órgão afirma que o objetivo é aumentar a concorrência no mercado e diminuir o preço dos defensivos. Alega que isso faz cair o custo de produção.
O número de pesticidas liberados pelo Ministério da Agricultura neste ano é o maior desde 2009. De janeiro a setembro de 2018 –ano em que foi registrado recorde de autorizações–, 302 agrotóxicos haviam sido permitidos.
PERFIL DOS DEFENSIVOS
Segundo dados disponibilizados pelo ministério (íntegra), o perfil dos defensivos liberados em 2019 para o uso em lavouras está dentro da média dos últimos 10 anos. Pouco diminuiu a aprovação de produtos de maior risco à saúde e ao meio-ambiente.
De 2009 a julho de 2019, foram liberados 1.238 produtos para serem usados no campo, os chamados químicos “formulados” e “orgânicos”. Segundo o jornal Valor Econômico, 47% desses produtos foram classificados pela Anvisa como “extremamente” ou “altamente” tóxicos. Além disso, 47% foram classificados pelo Ibama como “altamente” ou “muito” perigosos ao ambiente.