20 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

‘Ministra veneno’ libera mais 63 agrotóxicos no País

Anvisa classifica os agrotóxicos liberados como “extremamente” ou “altamente” tóxicos.

Novos tipos de veneno foram liberados para as lavouras do agronegócios

A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, já conhecida no governo Bolsonaro, como “ministra veneno”, liberou nesta terça-feira, 17,mais 63 pesticidas para as lavouras do Brasil.

Com as novas liberações, a ministra totaliza assim 325 agrotóxicos liberados de janeiro a setembro deste ano. Uma das novidades é o fluopiram, da Bayer.

A liberação foi publicada no ato nº 62 do Diário Oficial da União. O documento (íntegra) foi assinado por Carlos Venâncio, coordenador-geral de agrotóxicos e afins no ministério. A data de assinatura é 13.set.2019.

Em todo o ano de 2019, o ministério autorizou o uso de 15 pesticidas à base de novos ingredientes. O órgão afirma que o objetivo é aumentar a concorrência no mercado e diminuir o preço dos defensivos. Alega que isso faz cair o custo de produção.

O número de pesticidas liberados pelo Ministério da Agricultura neste ano é o maior desde 2009. De janeiro a setembro de 2018 –ano em que foi registrado recorde de autorizações–, 302 agrotóxicos haviam sido permitidos.

PERFIL DOS DEFENSIVOS

Segundo dados disponibilizados pelo ministério (íntegra), o perfil dos defensivos liberados em 2019 para o uso em lavouras está dentro da média dos últimos 10 anos. Pouco diminuiu a aprovação de produtos de maior risco à saúde e ao meio-ambiente.

De 2009 a julho de 2019, foram liberados 1.238 produtos para serem usados no campo, os chamados químicos “formulados” e “orgânicos”.  Segundo o jornal Valor Econômico, 47% desses produtos foram classificados pela Anvisa como “extremamente” ou “altamente” tóxicos. Além disso, 47% foram classificados pelo Ibama como “altamente” ou “muito” perigosos ao ambiente.