22 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

MPE busca soluções para problema de desabastecimento

Reunião do Ministério Público Estadual contou com setores produtivos, SSP, AMA e Procon

Preocupado com o desabastecimento especialmente nas áreas de combustíveis, alimentos e saúde pública, o Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) reuniu o segmento dos setores produtivos, o Procon/Alagoas, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL) e a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) para discutir alternativas de enfrentamento aos bloqueios que ainda acontecem em algumas rodovias alagoanas.

Uma nova reunião ficou agendada para esta terça-feira (29), novamente no prédio-sede do MPE/AL, às 15h, dessa vez, com as presenças do Exército, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Gabinete Civil Estadual.

No encontro, capitaneado pelo procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, o Ministério Público externou sua preocupação com a falta de merenda escolar nas cidades do interior do estado, com os pacientes com quadro grave de emergência ou em tratamento que precisam vir para a capital, com os insumos que precisam chegar aos hospitais, com a distribuição de alimentos para os supermercados e mercados que comercializam comida para a população, com a falta de gás de cozinha nos pontos de vendas e com a coleta de lixo.

Durante a reunião, o presidente do Sindicombustíveis, James Thorp, informou que a maioria dos postos só está trabalhando com a venda de gasolina e que o etanol e o diesel S10, usado em veículos de maior porte, como caminhonetes, caminhões e ônibus, estão em falta. “O diesel, por exemplo, vem do Porto de Suape, em Pernambuco. Como lá a situação ainda é muito crítica, vamos continuar sem esses produtos. Já a gasolina pode ser que dure até mais três ou quatro dias”, disse ele.

O presidente da Associação dos Supermercados de Alagoas, Raimundo Barreto de Sousa, informou que hortaliças, legumes e frutas já estão faltando em vários estabelecimentos. Porém, ele disse que os itens mais essenciais, como arroz e feijão, ainda podem durar, em média, 5 dias. “No entanto, se os bloqueios continuarem, não teremos mais muita coisa a oferecer no final de semana. De todo modo, até lá, a gente se compromete a não aumentar preço de absolutamente nada, a não ser que os produtos já cheguem para nós mais caros”, detalhou.

Dentre as reivindicações dos setores produtivos, está o pedido para que Governo de Alagoas e o Exército viabilizem comboios para que os caminhões das distribuidoras possam ir buscar combustível no Porto de Suape, principal fonte de abastecimento dos postos. Esse pedido será formalizado aos representantes do Poder Executivo e das Forças Armadas com o intermédio do Ministério Público.