22 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Nepotismo: Eduardo Bolsonaro tem indicação confirmada em embaixada nos EUA

Filho do presidente terá que ter seu nome aprovado pelo Senado, onde será sabatinado

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo

O ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, confirmou nesta sexta-feira que o governo brasileiro formalizou o primeiro passo para a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), para o comando da embaixada brasileira em Washington, capital dos EUA.

Segundo Araújo, o pedido de aceitação, consulta ao governo do país que receberá o indicado, já foi entregue ao governo americano. No fim do mês passado, Eduardo acompanhou o pai em um encontro privado com o presidente americano, Donald Trump, na Casa Branca, função normalmente desempenhada pelo chanceler brasileiro.

Caso o governo realmente dê prosseguimento ao processo de indicação, Eduardo Bolsonaro terá que ter seu nome aprovado pelo Senado, onde será sabatinado. A aprovação precisa ocorrer primeiramente na Comissão de Relações Exteriores da Casa, que decide sobre sua condução em votação secreta.

Caso passe por essa etapa, o nome de Eduardo irá ao plenário para uma decisão final dos senadores também em votação secreta. É necessária maioria simples para a aprovação.

O presidente reiterou que pretende indicar o filho para um dos postos mais importantes da diplomacia brasileira e ressaltou que fará isso mesmo que lhe custe o apoio de pessoas que votaram nele nas eleições presidenciais do ano passado.

“Lógico que é filho meu. Pretendo beneficiar filho meu, sim, pretendo, está certo? Se eu puder dar um filé mignon para o meu filho eu dou, mas não tem nada a ver com filé mignon essa história aí, nada a ver. É realmente nós aprofundarmos um relacionamento com um país que é a maior potência econômica e militar do mundo. Pretendo encaminhá-lo, sim. Quem disse que não vai mais votar em mim, paciência”. Jair Bolsonaro, presidente.