21 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

No Jornal Nacional, Marina diz que faria governo de transição se eleita

Insistência dos jornalistas em falar de partidos e o pouco tempo para respostas fizeram a candidata da Rede reagir: “parece que você continua com dúvidas”

Nesta quinta-feira (30), a bancada do Jornal Nacional entrevistou ao vivo a quarta e última candidata à presidência, Marina Silva (Rede), que já adiantou as limitações do próximo presidente e afirmou: “se for eleita, fará um governo de transição”.

Praticamente toda a entrevista foi sobre o processo de criação de seu partido, além das relações com Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE) nas últimas eleições, assim como os apoios da Rede nos demais Estados.

Dentre os poucos assuntos não focado em partidos, houve espaço para previdência: ela afirmou que defende uma reforma no sistema e que é necessário promover um debate sobre as idades mínimas para a aposentadoria.

A insistência dos jornalistas em falar de partidos e o pouco tempo para respostas fizeram Marina reagir. Ela usava o verbo “debater” diante de temas polêmicos e com a insistência nos mesmos temas, chegou a dizer “já expliquei, mas parece que você continua com dúvidas” para William Bonner.

Ao final do segmento, Marina se apresentou como mulher, negra, mãe de quatro filhos e concluiu: “Fui seringueira, me alfabetizei aos 17 anos. Sei que muita gente acha que pessoas com a minha origem não têm capacidade para ser presidente. Estou aqui trazendo mais que um discurso, trago uma trajetória”, disse, assumindo que terá o “compromisso de um país que seja justo para todos”.

Jornal Nacional

Ciro Gomes (PDT) fora o primeiro entrevistado, seguido de Jair Bolsonaro (PSL) e finalmente o candidato tucano Geraldo Alckmin (PSDB) na quarta-feira. Bonner informou que, apesar de aparecer em primeiro lugar nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi proibido pela Justiça de conceder entrevistas. Ele está preso em Curitiba desde 7 de abril.