– Prezado Noronha. Eu confesso que a primeira vez que o vi foi um amor à primeira vista. Me simpatizei com Vossa Excelência.
A fala acima é de sua excelência Jair Messias Bolsonaro para o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, um dos julgadores do caso Flávio Bolsonaro, denunciado por corrupção pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
O filho 01 do presidente e o amigo Fabrício Queiroz estavam atolados no desvio de recursos da Assembleia Legislativa do Rio e foram denunciados por enriquecimento ilícito, com direito a compras de imóveis e outros bens com dinheiro público, segundo a acusação.
Mas, sua excelência o pai, fez ao douto magistrado do STJ uma declaração “de amor” despudorada e com interesses claros.
Logo após a declaração, segundo o colunista de Veja, Ricardo Noblat, o juiz Noronha mandou soltar da cadeia o Queiroz.
Depois disso ganhou a promessa do Planalto de que deverá ser um futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado tem trabalhado muito para isso.
Esta semana, ele atuou fortemente para o STJ anular as provas coletadas no COAF – órgão que monitora as atividades financeiras suspeitas – contra Flávio Bolsonaro.
Na Veja, Noblat disse que esse era um caso de amor correspondido.
Pois é. Lembra até a canção: “Amor que não se mede”...
Meu país só tem canalhas, estamos perdidos.