
O Comando Geral da PM quer viabilizar um plano de assistência funerária para os policiais e seus familiares.
O assunto foi discutido nesta terça-feira, 5, numa reunião entre oficiais, inclusive o comandante geral, coronel Domingos Lima Júnior, e diretores do Grupo Parque, mais conhecido como PréVida.
A avaliação de Lima Júnior é que, surpreendidos pelo falecimento de um familiar, muitos militares não têm como custear as despesas do funeral.
Só que a iniciativa, divulgada no site da corporação e nas redes sociais, não repercutiu bem no meio da tropa.
Ao discutir a ideia do auxílio funeral, um grupo de militares questionou a proposta. O entendimento é que, ao invés de pensar na morte, o comandante geral pense na vida.
O comando pode, por exemplo, verificar a exposição da tropa a altas temperaturas dentro de viaturas e postos policiais (PMbox), os danos físicos provocados pelo peso dos equipamentos que carregam (armas, coletes, bastões) e o estresse gerado pelo enfrentamento diário da violência.
“Que bela preocupação!” – ironizou um militar, antes de dizer que os PMs não querem plano funerário.
O que a tropa quer, e o comandante precisa pensar sobre isso, é salário digno; adicional noturno e de periculosidade; promoções regulares, escala de serviços mais justas, horas extras remuneradas; plano de saúde familiar; moradia digna.
Se, depois de garantir tudo isso, o cel. Lima Júnior ainda quiser se preocupar com a morte…