A situação do senador Sergio Moro (União-PR) está ficando cada vez pior. Podendo ter o cargo cassado por estourar sua verba de campanha para o senado em 2024, somada com sua pré-campanha presidencial fracassada, o ex-juiz da Lava Jato será julgado por um juiz nomeado pelo presidente Lula (PT).
O TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral) vai começar a julgar “na primeira data possível” a ação, liberada para a pauta da corte nesta terça-feira (30). O tribunal precisa estar com quórum completo para analisar uma cassação.
Dos sete magistrados que vão julgar o caso, três vagas estão abertas, sendo uma vaga de titular e duas de substitutos, com o fim dos mandatos dos juízes em janeiro.
Isso implica que um dos sete juízes titulares será nomeado por Lula. Os novos nomes são indicados por uma lista tríplice aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas cabe ao presidente da República definir o nome dessa lista.
Quem está de saída é o atual presidente do tribunal, Wellington Emanuel Coimbra de Moura. José Rodrigo Sade, um dos juízes substitutos, e Aurichio Junior concorrem na lista tríplice com a advogada Graciane Valle Lemos. A votação está marcada para quinta-feira (1º).
Se for cassado, Moro pode recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Como juiz, Moro conduziu a Operação Lava Jato e determinou a prisão de Lula, em 2018. O petista ficou fora da corrida eleitoral naquele ano, vencida por Jair Bolsonaro (PL). Moro virou ministro da Justiça do ex-presidente.
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Vale lembrar que o ex-superministro acusou publicamente seu então chefe de interferir no trabalho da Polícia Federal e foi exonerado, após dias de fritura pública. Nada que impedisse ele de ficar ao lado de Bolsonaro nas eleições presidenciais.
Politicamente, a situação de Moro não é melhor. Além do PT de Lula, até o PL de Jair Bolsonaro e o Podemos, seu antigo partido, querem sua saída. No bolo, também estão líderes do Centrão, que não gostavam do trabalho do juiz na Lava Jato.