7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
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O negócio das armas no 7 de setembro e a convocação de Eduardo 02

A campanha beligerante da Taurus e a convocação de Eduardo Bolsonaro: o que têm em comum?

A Taurus vende e o filho do presidente convoca atiradores e colecionadores

Na véspera do 7 setembro, quando o presidente da República convoca seus apoiadores para manifestações em todo o País, tal como um ato de campanha eleitoral, duas informações publicadas nos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense chamam a atenção pelo nível de beligerância.

A primeira é de que o filho 02 de Bolsonaro, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), convocou publicamente todos os colecionadores de armas, atiradores e representantes de clubes de tiro a se engajarem publicamente na campanha do pai.

Pede a todos que saiam às ruas distribuindo “santinhos” do candidato. De preferência armados.

A segunda é que na onda armamentista no País, a empresa fabricante de armas, Taurus, anunciou uma ampla promoção para a compra de fuzis, com capacidade de 30 tiros, e carabinas CT9, também com capacidade igual.

Além dessas, especificamente, várias outras foram anunciadas como parte da Coleção Taurus Independência

No anúncio, a empresa fala que se trata de uma ação para “celebrar os 200 anos da Independência do Brasil”.  Em cada arma está grafada a inscrição: “Já raiou a liberdade no horizonte do Brasil”.

Por isso mesmo, o Supremo Tribunal Federal determinou restrições para o número de armas e munições a serem obtidas por “colecionadores e atiradores”.

Em julho, o número de armas de fogo nas mãos dessa clientela já ultrapassava 1 milhão.

Enfim, a Taurus enche os cofres de dinheiro vivo e, certamente, é generosa com os parceiros influentes.

E isso desde a bala que matou Getúlio.