19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Oito deputados bolsonaristas são alvos da PF e Carlos Bolsonaro chama inquérito de “político e ideológico”

Investigações identificaram indícios de envolvimento do vereador filho do presidente no esquema de notícias falsas

Além do ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, o dono da Havan, Luciano Hang, e os ativistas Allan dos Santos e Sara Winter, o inquérito da Polícia Federal contra fake news teve como alvos, nesta quarta (27), oito deputados bolsonaristas:

Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Daniel Lúcio da Silveira (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR), Junio do Amaral (PSL-MG), Luiz Philippe Orleans e Bragança (PSL-SP), além dos deputados estaduais Douglas Garcia (PSL-SP) e Gil Diniz (PSL-SP).

Eles não são alvo de mandados de busca e apreensão, mas o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que sejam ouvidos em dez dias e que suas postagens em redes sociais sejam preservadas.

Curiosamente, esta operação da PF em particular, Carla Zambelli não conseguiu prever, ao contrário do que havia adiantado na realizada contra Wilson Witzel, nesta terça.

O principal foco da operação é um grupo suspeito de operar uma rede de divulgação de notícias falsas contra autoridades, além de quatro possíveis financiadores dessa equipe.

As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e estão sendo executadas no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. A investigação corre em sigilo.

Fake News

As investigações identificaram indícios de envolvimento do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, no esquema de notícias falsas. E se a família elogiou a operação da PF que mirou o governador Wilson Witzel, fez diferente dessa vez:

O inquérito busca elementos que comprove sua ligação e sustente seu possível indiciamento dele ao fim das apurações. Outro filho de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de SP, também é suspeito. Ele, claro, também questionou o inquérito.