O novo corte de verbas do Ministério da Educação, atingindo principalmente as universidades federais, levou o deputado federal Paulão (PT-AL) acusar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, de prática rotineira e criminosa contra o ensino público brasileiro.
Segundo o deputado, Bolsonaro e Guedes se associaram no crime para acabar com as universidades públicas e os institutos federais de educação. “Tanto que agora em novembro eles nomearam a senhora Beth Guedes, irmã do ministro que preside associação que atua pelos interesses do ensino superior privado, para um mandato de quatro anos no Conselho Nacional da Educação (CNE)”, acrescentou.
“O desgoverno dele elegeu a educação pública como inimiga e por isso passou a fazer cortes de verbas sistemáticos nos orçamentos das instituições de ensino, paralisando programas de especialização e sucateando as instituições, que são responsáveis pela formação profissional a milhares de jovens no País”, disse o parlamentar.
Desta vez a ordem do Planalto, de acordo com Paulão, foi para que o Tesouro Nacional bloqueie R$ 1,68 bilhão do Ministério da Educação. “A maior parte desses recursos seriam transferidos para as universidades que estão sem condições de bancar a manutenção dos seus Campis, exatamente em função dessa atitude desastrada desse governo que é inimigo da educação”, reforçou.
Paulão disse ainda que Bolsonaro terá que ser responsabilizado na justiça por todos os seus crimes contra as instituições públicas, pelo desmonte de determinadas repartições e a aparelhamento criminoso em outras como na Polícia Rodoviária Federal, bem como contra o estado de direito e pela prevaricação costumeira, típica da incompetência e da tirania.
Ele disse ainda que os dados apurados na transição sobre o desastre do atual governo já remete a um rombo de caixa superior a R$ 400 bilhões.
“Isso é muito grave e tanto Bolsonaro como Paulo Guedes serão responsabilizados pelos desmandos de uma gestão irresponsável e bravateira que trouxe o caos para as instituições do País e para o povo que mais precisa”, destacou Paulão.