28 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Paulão vai denunciar violência e especulação desenfreada em Milagres

Deputado disse que levará o caso ao Ministério do Meio Ambiente e as agências fiscalizadoras para que atuem na defesa da região litorânea.

Deputado Paulão vai inserir Rota dos Milagres no radar do Ministério do Meio Ambiente

O deputado federal Paulão (PT) disse nesta terça-feira, 21, que o avanço desordenado da especulação imobiliária em áreas do patrimônio da União, na chamada Rota Ecológica dos Milagres, no litoral norte de Alagoas, será fruto de denúncia que vai fazer junto as instituições de fiscalização do governo, como o Ministério do Meio Ambiente e a Advocacia Geral da União (AGU), além do Serviço de Patrimônio da União (SPU).

Segundo ele, o vídeo divulgado no É Assim (eassim.com.br) por pescadores e nativos que atuam profissionalmente e residem  na área há mais de 30 anos, demonstra claramente o fato de que a ocupação irresponsável das áreas União, bem como o crescimento desordenado da especulação imobiliária só serve mesmo aos poderosos do mercado financeiro.

“Os nativos continuarão sendo vítimas dos grandes especuladores, que não respeitam o ecossistema e muito menos a a biodiversidade da região. Nesse processo impõem até barreiras para o direito de ir e vir das pessoas à beira mar. É a desenfreada privatização de tudo, inclusive do patrimônio natural do povo brasileiro, que é a praia”, disse o deputado.

Disse ainda o deputado que na próxima semana vai solicitar uma audiência a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e relatar os fatos, para que haja uma pronta intervenção do governo federal no caso.

                           “Turismo é fundamental, mas há

                             que ser sustentável e respeitoso”

Rota dos Milagres: Onde os poderosos especulam e ditam as normas

Na visão do parlamentar o turismo é fundamental para o desenvolvimento da região, mas entende que é preciso que os agentes públicos hajam com responsabilidade, respeito à natureza e ao patrimônio natural, assegurando o direito de todos. “A cadeia do turismo há que ser sustentável, sem discriminação, nem desrespeito ao patrimônio natural, muito as pessoas simples, que sobrevivem do segmento”, disse.

Para ele, é inconcebível que agentes públicos de fiscalização penalizem os nativos e pescadores da região, para beneficiar os especuladores que compram tudo e todos. “Há inclusive denúncias de perseguição a quem resiste na defesa do bem estar de todos os nativos e moradores de pequenas propriedade na região”, destacou.

Paulão considera que a região requer a instituição de um Plano Diretor que estabeleça regras claras, responsáveis e que assegurem a harmonia da convivência entre os investidores e a população de um modo geral. Mas, além disso, que as autoridades competentes atuem no combate a ação de criminosos, que na condição de propostos de especuladores, ameaçam pequenos proprietários e praticamente tomam áreas na região impunemente. “Isso é inconcebível e é preciso que as autoridades públicas ajam na forma da lei”, concluiu