Na medida que alguns eleitores foram analisando e conhecendo o discurso de Bolsonaro, o capitão reformado viu sua vantagem para Haddad no segundo turno diminuir. E isso provocou mudanças de tom na campanha do presidenciável, que por vezes tem tentado moderar o discurso radical para conquistar mais seguidores, influenciando em suas promessas eleitorais.
O candidato já recuou em diversas propostas que o colocaram no centro de controvérsias desde o início da campanha eleitoral, como repensar sua ideia de unir os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente e os Ministérios da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e da Fazenda. E que não vai mais tirar o Brasil do Acordo de Paris, caso seja eleito.
Ele já havia criticado o tratado para conter o aquecimento global e tinha afirmado que poderia deixar o acordo assinado por 195 países. O candidato também se viu obrigado a elogiar o STF, após seu filho comentar ser muito fácil fechar a instituição. “Basta um soldado e um cabo”.
Além disso, as ideias do vice, general Hamilton Mourão (PRTB), de convocar uma Constituinte de notáveis e de alterar o 13º salário foram criticados pelo presidenciável, que também colocou panos quentes na ideia do economista Paulo Guedes de criar um novo imposto aos moldes da CPMF.
Diante de tantas mentiras, espalhadas por ele mesmo ou por seus apoiadores, não é de se admirar que Bolsonaro mude de ideia na hora do vamos ver. Ele, que dizia odiar quem fazia campanha pra iludir o eleitor “gado”, vai agora é seguir seu caminho atrás da rosquinha.