Perícia do ‘Caso Marcelo Leite’ mostra que policiais militares plantaram uma arma no carro do empresário assassinado em Arapiraca, durante abordagem de PMs. Com isso, três policiais que estavam na viatura serão indiciados por participação do crime.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), Gustavo Xavier, disse em entrevista coletiva que o comandante da viatura irá responder pelos crimes de homicídio na modalidade dolosa e por fraude processual.
“Além de responder pelo homicídio na modalidade dolosa, o comandante da guarnição também será indiciado por fraude processual, por causa de uma provável implantação da arma de fogo na cena do crime”.
Foi pedida ainda a prisão preventiva de dois policiais militares que participaram do assassinato do empresário, em Arapiraca.
A comissão entendeu que a arma de fogo nunca existiu dentro do veículo do condutor Marcelo Leite e teria sido colocada no veículo logo após os disparos. Essa arma de fogo teria sido necessária para simular uma legítima defesa.
“Essa conclusão se deu após ouvirmos as testemunhas que estavam em frente ao 3º batalhão, e que visualizaram a ocorrência, bem como o atendimento à vítima; e também com o depoimento de familiares dizendo que Marcelo Leite nunca possuiu arma de fogo, nem apoiava essa ideia; bem como após o laudo da reprodução simulada”. Igor Diego, delegado coordenador da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).
O chefe especial do Instituto de Criminalista (IC), Wellington Melo, também esteve presente na coletiva e disse que houve esforço máximo para entregar um material técnico robusto que contribuísse para o processo.
Assassinado
O empresário Marcelo Leite foi atingido por um tiro de fuzil durante uma abordagem policial na cidade de Arapiraca no dia 14 de novembro do ano passado.
O disparo foi efetuado por um militar do 3º Batalhão da PM. Marcelo morreu no dia 05 de dezembro, em um hospital em São Paulo para onde foi transferido.