O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, volta a berlinda com uma nova acusação da Polícia Federal. Em inquérito encaminhado `a Procuradoria Geral da República (PGR), Maia é acusado de ter praticado “caixa 3” em campanhas eleitorais.
Agora caberá a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidir se apresentará denúncia ou pedirá novas investigações contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o pai dele, Cesar Maia, vereador pelo mesmo partido e ex-prefeito da capital carioca. Dodge tem 15 dias para se manifestar.
De acordo com o inquérito, pai e filho são acusados de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, eles teriam recebido R$ 1,6 milhão de forma ilegal do grupo Odebrecht entre 2008 e 2014. Parte do repasse declarado como sendo do grupo Petrópolis, da cervejaria Itaipava, e de duas distribuidoras de bebidas.
O presidente da Câmara negou as acusações, que afirma estarem baseadas apenas em palavras de delatores e disse confiar no arquivamento do inquérito.
Os caixas – Enquanto o caixa 1 é a contabilidade formal e o caixa 2, a contabilidade informal, no crime de Caixa 3, empresas e candidatos usam estabelecimentos atravessadores para fazer os repasses de campanha. Com isso, políticos se desvinculam de doadores ou recebem verba superior à permitida, por exemplo.
De acordo com a PF, “ocorreu a utilização fraudulenta do sistema eleitoral para recebimento de valores indevidos nos anos de 2010 e 2014 pelo ex-prefeito da cidade do Rio de Janeiro Cesar Maia e o deputado federal Rodrigo Maia, nos pagamentos realizados por parte do grupo Odebrecht”, mediante a utilização de empresas.