19 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

PF encontra mais provas de Bolsonaro pedindo que fake news sobre urnas seja repassada “ao máximo”

Informação consta de uma recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF

A Polícia Federal encontrou, em um grupo de WhatsApp, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pedindo que um empresário repassasse “ao máximo” uma mensagem que sugeria, sem provas, uma fraude do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas últimas eleições.

A informação consta de uma recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou o arquivamento de investigação, por ausência de justa causa, contra empresários bolsonaristas que participaram de um grupo do WhatsApp com mensagens nas quais houve defesa de um golpe caso Lula (PT) ganhasse o pleito.

Bolsonaro, vale lembrar, já foi condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por mentiras e ataques ao sistema eleitoral, ficando assim inelegível pelos próximos oito anos, e ainda enfrenta uma série de ações na Justiça, como a suspeita de responsabilidade nos ataques golpistas do 8 de janeiro.

Na última segunda-feira (21), o ministro determinou que dois desses empresários permanecessem sob investigação: Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, e Luciano Hang, da Havan.

Os outros seis alvos tiveram as acusações arquivadas. O ministro entendeu que, embora eles tivessem consumido e compartilhado desinformação, o fizeram dentro de parâmetro abarcados pela liberdade de expressão.

A apuração começou em 2022, depois que o portal Metrópoles revelou conversas pró-golpe em caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva em um grupo frequentado por alguns empresários renomados.