Depois da Polícia Federal aceitar a proposta de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), a defesa do militar pediu a soltura do cliente, na noite de quinta-feira, 7 de setembro.
A solicitação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo o advogado Cezar Bitencourt.
Preso há mais de quatro meses, Mauro Cid propôs um a delação premiada no escândalo das joias do tesouro estadual, vendidas nos Estados Unidos pelo ex-presidente Bolsonaro, e a PF enviou os trâmites para o Ministério Público Federal (MPF) e para Moraes, para eventual homologação.
Com o acordo, a expectativa é de que ele tenha benefícios no processo em que deve responder, mas seja liberado para cumprir pena em liberdade.
Cid forneceu informações suficientes, e indicou provas, que na avaliação dos investigadores, sustentam as declarações que foram feitas durante duas semanas de depoimento. Os investigadores passaram os últimos dias avaliando as oitivas do militar, os elementos apontados e novas linhas de investigação que poderiam ser abertas no caso envolvendo a venda de jóias sauditas no exterior.
Uma das novidades em relação ao caso é a suspeita de negociação envolvendo imóveis por parte da família Bolsonaro nos Estados Unidos, entre o ano passado e o começo deste ano.