A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta (3) o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O coronel foi preso na operação que apura inclusão de dados falsos sobre vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
São 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva que os agentes devem cumprir. Além de Mauro Cid, também foram presos Max Guilherme Machado de Moura e Sérgio Rocha Cordeiro – todos assessores de Jair.
O ex-presidente não passou em branco nesta operação: sua casa em Brasília foi alvo de mandados de busca e apreensão. O próprio Jair Bolsonaro deve ser levado para prestar depoimento. Ele não foi alvo de mandado de prisão nesta operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.
AGORA: Entre os itens apreendidos na busca que a PF fez na casa de Bolsonaro, estão os celulares dele e da sua esposa Michele Bolsonaro. Bolsonaro apavorado, não informou a senha do aparelho.
— André Janones (@AndreJanonesAdv) May 3, 2023
Mauro Cid é mesmo que tem marcado para hoje um depoimento, também na PF, sobre o caso das joias dadas ao governo brasileiro pela Arábia Saudita. Mas os mandados não estão relacionados a esse caso.
Dados falsos
Dados falsos foram incluídos entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, beneficiando pessoas que conseguiram emitir certificados de vacinação e burlaram restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos.
Segundo a PF, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas” e “sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.
➡️ A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19.
— Polícia Federal (@policiafederal) May 3, 2023
Os fatos são investigados dentro de um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).