Prisões foram feitas, comunidades foram ocupadas pelas forças de Segurança, mas, pelo jeito, as ações da polícia para prender os criminosos e combater os repetidos ataques a ônibus, na capital alagoana, não têm intimidado os bandidos responsáveis pelas ações que têm amendrontado a população de Maceió. Pelo contrário, a cada ação policial, os bandidos têm reagido com novos ataques.
Tem sido assim desde o último dia 6, quando o primeiro ônibus foi incendiado no bairro do Jacintinho. A polícia está nas ruas com equipes reforçadas, mas para tentar evitar que os ataques aos coletivos continuem acontecendo, a Secretaria de Estado da Defesa Social e Ressocialização (Sedres) também resolveu colocar membros da tropa de Segurança, armados e à paisana, dentro dos ônibus.
A informação foi anunciada pelo secretário Alfredo Gaspar de Mendonça, durante entrevista coletiva, na manhã deste sábado (20). O quantitativo de policiais mobilizados para essa ação não foi revelado, mas, segundo Mendonça, eles já estão a postos, dentro dos ônibus, prontos para agir, se for necessário.
“De forma nenhuma há uma falta de controle do Estado. Prendemos cinco pessoas envolvidas no caso do Jacintinho e mais 23 nos outros casos. E já fiz várias determinações, uma delas foi a colocação de policiais à paisana em determinadas linhas. A situação não vai sair do controle do Estado porque o Estado é mais forte”, afirma Gaspar.
Somando forças – Ainda na coletiva, que contou com a presença da Secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (MJ), Regina Miki, foi anunciado pela gestora, que Alagoas terá um Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) que vai aglutinar as forças de Segurança do Estado.
Eles acreditam – Regina Miki, o secretário Alfredo Gaspar e a cúpula da Defesa Social de Alagoas – que a colocação de policiais dentro dos coletivos fará a população sentir-se mais segurança e vai surpreender os bandidos quem tentarem novos ataques.
O comandante-geral da PM, coronel Lima Júnior, reuniu os comandantes de batalhões, em caráter emergencial, para determinar o reforço do policiamento nos pontos e parada e rotas das linhas mais vulneráveis a esse tipo de ataque. “As polícias, o Estado, não irão baixar a guarda, nem darão trégua para a criminalidade. Estamos trabalhando forte para garantir tranquilidade para os cidadãos de bem de nossa cidade”, disse o comandante, durante o encontro.