Osmar Terra, ministro da Cidadania, assinou nesta segunda (6) uma regra que obriga cinemas brasileiros a exibirem um percentual de filmes nacionais todo ano. A decisão da cota vem diante da controvérsia envolvendo a estreia de “Vingadores: Ultimato”, que ocupou mais de 80% das salas em sua estreia, no fim do mês passado.
A assessoria do ministro confirmou a assinatura da cota, mas não informou quais serão os seus valores do número mínimo de dias em que as salas do país serão obrigadas a exibir produções locais. A regra deve ser publicada no Diário Oficial da União ainda nesta semana.
Sempre no mês de dezembro um decreto é publicado discriminando os valores da cota que terão de ser observados no ano seguinte. Regulada por uma medida provisória de 2001 e válida por 20 anos, a regra determina multa de 5% sobre a receita bruta média diária da sala para cada dia que descumprir essa estipulação.
Em 2018, o decreto deixou de ser publicado e permitiu que sucesso estrangeiros, como “Vingadores: Ultimato”, estreassem no Brasil em porcentagens recordes. O filme nacional “De Pernas pro Ar 3”, por exemplo, foi tirado em cartaz em diversos cinemas.
Sucesso
“Vingadores: Ultimato” segue na liderança da bilheteria nacional. Em seu segundo final de semana de exibição, o longa da Marvel arrecadou R$ 61,9 milhões nas salas de cinema do Brasil. Desde sua estreia, “Ultimato” já soma R$ 223 milhões no país e 12,4 milhões de espectadores. Os dados são da ComScore e são referentes aos dados coletados entre 2 e 5 de maio.
A empresa também informou que “Vingadores:Ultimato”, além de ser o filme mais assistido nos cinemas de 2019, é a maior estreia de todos os tempos. Em segundo lugar, ficou “De pernas pro ar 3”, que está em sua quarta semana de exibição e faturou R$ 2,1 milhões.