7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Presidente do BNDES: “Empréstimos para Cuba e Venezuela foram um erro”

Só Cuba tem três parcelas em aberto, com saldo devedor de aproximadamente US$ 600 milhões

O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, afirmou nesta terça-feira que foi um erro o banco ter concedido empréstimos à Cuba e à Venezuela no passado, já que esses países não tinham condições de honrar seus compromissos. O saldo devedor dos empréstimos, concedidos durante os governos do PT, somam cerca de US$ 1 bilhão. Os dois países estão com prestações em atraso.

“Há uma crítica a esses empréstimos e até diria que, olhando hoje, fica claro que eles não tinham condição de pagar. Provavelmente não deveriam ter sido feitos e agora temos que ir atrás do dinheiro para receber”, declarou Oliveira após evento no Rio nesta terça-feira.

Dyogo Oliveira teve reuniões com representantes do governo cubano para tratar do tema. Segundo ele, Cuba tem três parcelas em aberto com o BNDES que juntas somam US$ 17,5 milhões. O saldo devedor cubano é de aproximadamente US$ 600 milhões.

A solução para a volta da adimplência de Cuba não passa obrigatoriamente pela reestruturação da dívida. “Eles têm se mostrado solícitos e adeptos a buscar soluções, mas alegam que, por conta de questões climáticas e financeiras, não têm tido capacidade de honrar totalmente os pagamentos. Discutimos alternativas que ainda não podemos revelar”, adicionou.

A carteira de exportação do BNDES totaliza aproximadamente US$ 10 bilhões e a inadimplência de Cuba e Venezuela não preocupa os resultados do banco, frisou Dyogo Oliveira.