A tradicional celebração do São João leva muitos consumidores às ruas, seja para comprar comidas, acessórios ou até mesmo roupas típicas do festejo. A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) realizou levantamento de preços e analisou o comportamento inflacionário dos produtos juninos, notando que quase todos apresentaram aumento de preço, em relação ao mesmo período do ano passado.
“É certo afirmar que, na capital alagoana, os produtos estão com o preço crescendo acima da inflação acumulada nos últimos doze meses (8,84%). Porém, como a demanda por esses produtos é relativamente baixa durante os outros meses do ano, é normal que os seus preços apresentem maior variação com a proximidade das festas juninas”, avaliou Gilvan Sinésio, supervisor de Estudos e Análises da Seplag.
De acordo com o levantamento, o produto com maior variação de preço foi a bandeirola, com um aumento de 37,50%. A camisa xadrez masculina adulta apresentou um aumento de 21,10%%. Itens como saia e vestido infantil tiveram uma pequena variação de 3%.
Em função de suas características culturais, as festas juninas também são muito famosas por outro grande fator: as comidas típicas. Dentre os produtos mais demandados nesse período, ressalta-se que a maior alta ficou por conta do cravo (35,50%), cujo preço médio atingiu a quantia de R$ 4,42. Itens como leite, manteiga e milho para Mungunzá/Canjica também apresentaram grandes variações, alcançando aumentos de 31,33%, 26,69%, e 23,15%, respectivamente.
“No caso do milho, quando comprado à meia mão, a pesquisa apontou que o produto apresentou um aumento de 20%, e 16,67% quando comprado a uma mão, passando a custar R$ 18 e R$ 35, respectivamente. Observamos que o consumidor maceioense terá que, de fato, abrir o bolso na hora da compra do milho. A orientação, portanto, é que o cidadão faça pesquisas”, salienta Sinésio.