A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para arquivar um inquérito no qual o senador Fernando Collor(Pros-AL) é investigado na Operação Lava Jato, apesar do relatório da Polícia Federal incriminando o senador alagoano
O relatório da PF foi montado em abril de 2017 com base nas delações dos executivos da Odebrecht. Os delatores informaram que , Collor recebeu R$ 800 mil para defender interesses da empresa na área de saneamento básico.
Ainda de acordo com os delatores, o dinheiro foi repassado como doação de campanha e não houve declaração à Justiça Eleitoral.
Mas, disse Dodge que já se passaram mais de dois anos de investigação e não foi possível obter elementos concretos de crimes que justificassem denunciar o senador.
“Relevante, nesse ponto, dizer que aqui não se afirma que o fato supostamente criminoso aconteceu ou não, mas apenas que não foram reunidas evidências suficientes para a deflagração responsável e útil de ação penal”, afirmou Dodge no pedido.
Quando o inquérito foi aberto, a assessoria do senador informou que Collor nega “de forma veemente haver recebido da Odebrecht qualquer vantagem indevida não contabilizada na campanha eleitoral, de 2010
A conclusão da procuradora-geral é diferente da apresentada pela Polícia Federal. Ao elaborar o relatório da investigação, a PF informou ter encontrado elementos suficientes de que Collor solicitou vantagem indevida, o que configuraria crime de corrupção passiva.