21 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Renan Filho autoriza convocação da reserva técnica da PM de 2006

Desde então os candidatos esperavam pela nomeação, realizando protestos

Após divulgação no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (22), está autorizado pelo governador Renan Filho (MDB) a convocação dos candidatos da reserva técnica, para o cargo de Soldado Combatente, do concurso de fevereiro de 2006. Desde então os candidatos esperavam pela nomeação, realizando protestos.

A decisão acontece após, no ano passado, o Tribunal de Justiça de Alagoas determinar que o governo do Estado realizasse a nomeação dos mesmo. Esta fora uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), com decisão favorável no STF.

Em fevereiro, na formação de quase mil PMs, o governador afirmou que vai seguir tratando a Segurança Pública como prioridade e promoverá concursos públicos anuais e investirá ainda mais em infraestrutura.

Decreto do desarmamento

Ainda no tema de segurança,  o Governo Federal revisar pontos polêmicos do decreto do presidente Jair Bolsonaro facilitando a compra de armamentos no Brasil, criticado pelo governador Renan Filho nesta semana. O decreto original permitia  a aquisição de fuzis por qualquer cidadão

Renan Filho foi um dos 14 governadores brasileiros que assinaram uma carta aberta contra as alterações feitas no Estatuto do Desarmamento, divulgada na terça-feira (21), via decreto presidencial, apontando os riscos de aumento da criminalidade a partir da venda indiscriminada de armas no país. Para ele, falta diálogo:

“Está faltando diálogo com a sociedade, com o Congresso Nacional, com o Judiciário, diálogo com aqueles que têm um projeto para o país, diálogo com o setor produtivo. A política é importante, mas antes da política vem o diálogo. Não há política sem diálogo. Muitas vezes, o Governo Federal erra porque tem certeza de que está no caminho correto e, arrogantemente, abre mão de ouvir os outros. Eu acho que até pode ser discutida a questão das armas mas, do jeito que o decreto foi feito, ele é muito danoso para a sociedade. Ele deveria ser melhor discutido. Menos do que cumprir somente uma promessa de campanha, saber se aquele é o melhor caminho para o país”. Renan Filho, governador de Alagoas.

Em entrevistas, Renan Filho foi contundente sobre a ampliação do acesso às armas prevista no primeiro decreto:

“Não é só a liberação. É pior. É a liberação indiscriminada. Por meio do decreto do presidente da República, até um fuzil o cidadão vai poder comprar. Ora, para que o cidadão vai querer um fuzil? Para defender a própria vida, a própria propriedade? Certamente não. Isso vai facilitar que esse fuzil chegue na mão de bandidos”. Renan Filho.