A ministra Cármen Lúcia mudou hoje seu voto de 2018 e virou o placar contra o ex-juiz federal Sergio Moro no processo de suspeição pelo julgamento em que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) envolvendo um tríplex no Guarujá.
Com isso, a maioria da Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) firmou-se, por três votos a dois, pela parcialidade de Moro.
E algozes da operação Lava Jato, seja de seus procuradores ou do ex-juiz Sergio Moro, os alagoanos Arthur Lira e Renan Calheiros comentaram em suas redes sociais a decisão do STF.
O presidente da Câmara, por exemplo, falou no ‘estado policial’ que teria feito a Lava Jato se perder em seu percurso, afirmando que diante de sua seletividade, não merecerá um perdão da história:
Mas o Estado Policial, para o qual a Lava Jato descambou em certos momentos, lamentavelmente, com suas parcialidades, seletividade e perseguições, jamais poderá também merecer o perdão da História.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) March 23, 2021
Enquanto isso, senador, que já pediu as prisões do procurador Deltan Delagnol e do ex-ministro Sergio Moro, reiterou seu pedido, afirmando que a justiça está sendo feita.
Caiu de vez a máscara de @SF_Moro. O @STF_oficial decidiu que ele é faccioso e perseguiu o ex-presidente @LulaOficial. Moro e seus parceiros, como @deltanmd, merecem cadeia. A Justiça está sendo feita. Todo mundo tem direito a um julgamento justo e a um Juiz imparcial. pic.twitter.com/zwrassiTnx
— Renan Calheiros (@renancalheiros) March 23, 2021
Lula
Para a defesa de Lula, isso provaria uma motivação política de Moro para julgar Lula, tese que o ex-juiz sempre negou. O petista ficou de fora da eleição presidencial de 2018, vencida por Bolsonaro, em razão da sentença no caso do tríplex —a qual, após ter sido confirmada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), foi uma das anuladas por Fachin.