O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da pandemia, disse em entrevista ao Correio Braziliense que a inv3stigação em curso da comissão parlamentar já obteve avanços, ao ponto de expor uma “nova cepa do negacionismo”.
Disse ele que nega-se tanto, “com tamanha intensidade e despudor que chegam a negar o próprio negacionismo”. Para Renan de um período surreal da vida política nacional, onde “a mentira alienante passou a ser método”
Disse ele que um dos avanços conquistados pela CPI está no fato de após 1 ano e 3 meses, o governo brasileiro assumir um posicionamento técnico, desaconselhando o uso da cloroquina.
Segundo ele, “as cornetas golpistas silenciaram” e que o primeiro efeito da Comissão Parlamentar de Inquérito está alcançado, diante da “perspectiva de reafirmar conceitos civilizatórios, resgates iluministas e humanos”. Nisso, segundo afirmou, a CPI foi pedagógica.
Mas disse ainda o senador que “a tragédia brasileira não é fruto do acaso, mas consequência de erros, muitos, em várias esferas da administração pública”.
E vai mais além quando diz: “Nós temos, provavelmente, o único chefe de Estado que conspirou diariamente contra todas as orientações da ciência. Um obscurantismo medieval, macabro.”