O candidato ao governo de Alagoas pelo PSD, Rui Palmeira, jogou esta semana sua última cartada para dar o pulo do gato na corrida eleitoral.
Rui declarou-se eleitor e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O candidato que carrega – com todas as armas – a marca do bolsonarismo no Estado é Fernando Collor (PTB). Mas, Collor tem o maior índice de rejeição entre todos os concorrentes.
Nas pesquisas estimuladas, Collor e Cunha (UB) aparecem empatados tecnicamente, enquanto Paulo Dantas segue liderando.
A estratégia de Rui é trazer para o seu lado o eleitor bolsonarista e assim ultrapassar os dois concorrentes imediatos. Com isso teria ele a chance de chegar ao segundo turno, com rejeição menor que os demais.
Uma vez no segundo turno da disputa, Rui seria, portanto, um forte adversário contra Paulo Dantas (MDB).
Em se tratando de estratégia eleitoral, a cartada de Rui é correta. Mas, é tardia.
Teria tido ele muito mais chances se tivesse se manifestado na direção dos bolsonaristas há mais tempo.
Mas, como ex tucano de alta plumagem, Rui Palmeira esperou muito tempo em cima do muro.
E em um processo eleitoral polarizado, candidato que se preze tem que assumir logo se é carne ou é peixe.