27 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Sem a Reforma do Previdência, Paulo Guedes diz que deixa governo

Ministro e os senadores Omar Aziz (PSD-AM e Kátia Abreu (PDT-TO) se desentenderam quando falavam sobre a aposentadoria de parlamentares

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na tarde desta quarta (27), eu audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, que pode deixar o governo se a reforma da Previdência não for aprovada e for reconhecida uma dívida de R$ 800 bilhões da União com os estados. Só não numa “primeira derrota”.

“Se o presidente apoiar as coisas que podem resolver para o Brasil, eu estarei aqui. Agora, se o presidente ou a Câmara ou ninguém quer aquilo, eu vou obstaculizar o trabalho dos senhores? De forma alguma. Estou aqui para servi-los. Se ninguém quiser o serviço, vai ser um prazer ter tentado, mas não tenho apego ao cargo, desejo de ficar a qualquer custo. Como também não tenho a inconsequência e a irresponsabilidade de sair na primeira derrota”. Paulo Guedes, ministro da Economia.

As afirmações foram feitas após questionamento da senadora Eliziane Gama (PPS-MA), durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

Ela perguntou se Guedes deixaria o governo se a reforma da Previdência não fosse aprovada.Guedes afirmou que desde a campanha é questionado porque apoiou o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo ele, sempre teve o apoio de Bolsonaro para defender medidas econômicas para recuperar a economia brasileira.

Por nossos filhos

O ministro afirmou que o sistema previdenciário “está quebrando antes de a população envelhecer” e, se a reforma não for aprovada, “condenaremos nossos filhos e netos”.

“O nosso sistema previdenciário está quebrando antes de a população envelhecer. O déficit aumenta R$ 40 bilhões a cada ano. Nossa primeira medida foi o ataque à Previdência. Há uma bomba relógio demográfica”. Paulo Guedes.

Guedes voltou a defender que a economia necessária com a reforma da Previdência precisa chegar a R$ 1 trilhão para que seja possível reduzir a trajetória de crescimento do endividamento público.

Briga com Katia Abreu

O ministro, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) se desentenderam quando falavam sobre a aposentadoria de parlamentares.

Kátia interrompeu Guedes quando ele falava que os parlamentares tinham uma aposentadoria 30 vezes superior ao salário médio dos trabalhadores do setor privado. A senadora disse que os pares se submetiam ao teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), atualmente em R$ 5.839,45.