6 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Senador Renan Calheiros é homenageado como guerreiro dos direitos humanos

III Edição do prêmio homenageou personalidades, instituições e entidades que lutam em defesa da vida e dos direitos da cidadania

Senador Renan Calheiros recebeu o prêmio das mãos da Secretária Maria Silva e do deputado federa Paulão

Por meio da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, o governo de Alagoas realizou nesta quinta-feira, 9, a  III Edição do Prêmio Alagoas de Direitos Humanos, exatamente às vésperas da comemoração dos 73 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Com o objetivo de homenagear entidades, instituições e personalidades da vida alagoana e nacional que se destacaram durante o ano na defesa dos direitos humanos e na valorização da vida, o prêmio se constitui em uma honraria e um reconhecimento a homens e mulheres de luta.

Os homenageados são eleitos pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDDH). Este ano, na solenidade presidida pelo governador em exercício, desembargador Kléver Loureiro, o senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid-19, recebeu o prêmio “Guerreiros dos Direitos Humanos”, a honraria principal da noite.

Calheiros destacou a honraria como um dos principais prêmios que recebeu em sua trajetória, sobretudo por ser o reconhecimento de sua terra ao trabalho realizado como relator da CPI que encerrou suas atividades indiciando o presidente da República Jair Bolsonaro, como um genocida, e mais 79 pessoas que fizeram descaso da pandemia, negaram a ciência, fraudaram licitações e contribuíram para as mortes de mais de 600 mil pessoas no País.

“É uma honra estar aqui e poder compartilhar com todos vocês o reconhecimento do nosso trabalho na defesa dos direitos humanos e, consequentemente, da sociedade e da vida. É especialmente gratificante porque vivemos um dos períodos mais obscuros da história brasileira, onde somos obrigados a defender os conceitos civilizatórios elementares, entre eles a vida, a liberdade e o próprio Estado Democrático de Direito contra ogros e trogloditas embriagados pelo poder”, afirmou o senador em seu discurso.

Renan disse ainda que o Brasil não está discutindo avanços dos direitos e das garantias individuais e coletivas como deveria e como os demais povos estão fazendo.

“Estamos momentaneamente acorrentados a uma maldição do tempo, a uma agenda que nos remete a baixa idade média, ao pré-iluminismo. Estamos sendo constrangidos a lutar ferozmente pela manutenção dos direitos já consagrados pela Constituição Cidadã. Mas, tenho convicção que este período sombrio, retrógrado e medieval vai passar”, declarou o senador.

O Secretário de Saúde do Estado, Alexandre Ayres, ao ser homenageado junto com a equipe técnica da Secretaria, que esteve à frente do combate à pandemia, disse que Alagoas foi um dos estados brasileiros que não tiveram colapso na saúde, inclusive oferecendo apoio a Manaus, recebendo pacientes que vieram do estado em crise.

No evento realizado em um dos auditórios do Hotel Jatiúca, a Secretária da Mulher, Maria José Silva, lembrou que a  pandemia ainda não acabou e que se hoje “vivemos um cenário menos cruel, é por causa da ação das pessoas que lutaram contra a corrente e buscaram meios para garantir a vacinação urgente para todas as pessoas. É por causa daqueles que estiveram na linha de frente desse caos mundial lutando diariamente pela recuperação de cada paciente. É pelo espírito de solidariedade que motivou uma batalha em prol do povo que mais precisa, em um momento onde país atravessa uma das suas maiores crises. A homenagem desse prêmio é representativa”.

 

Além das premiações principais, foram entregues menções honrosas, com destaques em diversas áreas de atuação. Entre eles, representando o segmento de suporte jurídico e de segurança pública, foram agraciados: Dra. Roberta Bonfim, procuradora da República, Dr. Márcio Roberto Tenório, procurador-geral da Justiça do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL); Dra. Daniela Times, titular da 25ª Vara de Família da Capital e coordenadora-geral do Núcleo de Proteção à Mulher Vítima de Violência Doméstica; Sálvio Marinho, agente da Polícia Civil.

Instituições homenageadas

Foram 3 as instituições homenageadas: a Casa de Ranquines, que atua no apoio a pessoas em situação de rua, no suporte a crianças em situação de vulnerabilidade e no acolhimento de idosos, por meio do Projeto Bom Samaritano; o Centro de Gerenciamento de Crises e de Direitos Humanos da PM do Estado de Alagoas, que atua há quase 25 anos e conta com três núcleos, Gerenciamento de Crises, Direitos Humanos e Polícia Comunitária. E o Banho Solidário, projeto formado por um grupo de homens e mulheres que, de forma voluntária, leva às ruas da cidade de Maceió uma estrutura móvel com cabines que permitem a prática do banho.

Receberam ainda menções honrosas na premiação dos Direitos Humanos: Débora Nunes, liderança Sem Terra, Messias Mendonça, presidente do Conselho Estadual de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais (CECD/LGBT) e do Grupo Gay de Maceió; Pastor Wellington Santos, do Ministério Pastoral da Igreja Batista do Pinheiro, em Maceió; Peronilda (Peró)Batista de Andrade, arte-educadora, que por 27 anos, atua como circense, atriz, coreógrafa e técnica circense, e Jairo Campos, professor do curso de Letras na Universidade Estadual de Alagoas.