Servidores municipais de Maceió anunciaram, nesta segunda-feira (18), o início de mais uma paralisação de 48 horas a partir do dia 20. O movimento luta pelo reajuste salarial relativo à data-base de 2018.
A Prefeitura de Maceió apresentou proposta final de 3% para reposição salarial dos servidores públicos municipais na última terça-feira (12), por meio do secretário Municipal de Economia, Fellipe Mamede, durante reunião na Secretaria Municipal de Economia (Semec).
A proposta de negociação foi negada pela categoria, fechando assim todas as portas para novos acordos. O percentual de reajuste oferecido anteriormente não teve muita mudança frente aos 2,95% da última Mesa de Negociação, na sexta-feira (8).
De acordo com Sidney Lopes, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Maceió (Sindspref), a desvalorização do servidor público é ressaltada a cada negociação que tem por fim 0% de reajuste. A categoria prevê a reposição salarial de 15,41% referente aos anos de 2015, 2016 e 2017.
“O prefeito Rui Palmeira alega que está acima do limite da LRF, mas nós sabemos que Maceió ainda está bem abaixo, o que permitiria o reajuste que reivindicamos. Afinal, estamos com os salários defasados desde 2015”, argumentou ele, lembrando que mensalmente gasta-se mais de oito milhões de reais com terceirizados.
Greve em 2017
Em novembro de 2017, o Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) declarou ilegal a greve promovida pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Maceió (Sindspref) em junho deste ano. A decisão, proferida nessa terça-feira (21), teve como relator o desembargador Domingos de Araújo Lima Neto.
Os servidores de Maceió deflagraram greve no dia 22 de junho deste ano. A categoria pleiteava reajuste salarial de 16,09%. No mesmo dia, a Justiça concedeu liminar favorável ao Município e determinou o retorno da categoria ao trabalho, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 5 mil.