A privatização do Banco do Brasil e o afastamento imediato de 5 mil funcionários virou uma verdadeira tara do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Foi numa reunião ministerial em abril do ano passado, com a presença do Presidente Jair Bolonaro, que ele vociferou a plenos pulmôes: –Tem que vender logo essa porra!
De lá pra cá, Paulo Guedes não pensa em outra coisa. No BB e na Caixa Econômica. Nos dois casos, as reduções de agências pelo País fazem parte do processo de privatização sonhado pelo senhor Guedes.
E a razão é única: ele é um agente a serviço tão somente do mercado financeiro. Trabalha para os banqueiros, não para os interesses coletivos da sociedade brasileira.
Quem ganha dinheiro com banco é banqueiro e investidores do mercado. O resto paga para ter cartão de crédito, para realizar depósito, para sacar o salário, para fazer transferências. As taxas nos extratos mostram bem. É só conferir.
Enquanto ele segue tarado em fechar o Banco do Brasil, a economia brasileira patina por que ele é um embusteiro, perdido na complexidade social do País das desigualdades gritantes.
Mas o ministro segue priorizando os seus colegas do mercado, quando destrói as bases de proteção social do Estado, fazendo explodir uma legião de miseráveis que hoje dormem nas calçadas e bancos de praça aos olhos de todos.
Essa legião é cada vez mais crescente. Aliás, em Maceió, na calçada dos fundos do supermercado Unicompra, bem em frente ao prédio onde reside o governador Renan Filho (MDB), há uma família, com duas crianças, entre 6 e 7 anos, dormindo lá.
Os investidores, como o senhor Guedes, não veêm. Querem o Estado para si, para o rentismo que lhes garantem o bom navegar de seus iates, além mar.
A função de um ministro da Economia é a de viabilizar planos de governo capazes de atender ao bem estar social. Só que este governo não tem plano algum. A não ser alimentar a visão ideológica dos fanáticos.
E os fanáticos – os abastados, claro – estão de olho no Banco do Brasil: –Vende logo essa porra!