Há um certo azedume nos dias hoje nas relações políticas entre novos e velhos companheiros da política alagoana, dentro da disputa pelo poder ou até mesmo fatias dele.
Até o dia 1º de abril, prazo em que a janela partidária permanece aberta para a troca de partidos, a situação tende a ficar ainda mais tensa, principalmente entre os candidatos à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa.
Os sonhos de arrumação atingem a todos os partidos. E nesse campo vale, para eles, chute na canela e caras feias por todos os lados. Assim, as traições e puxadas de tapetes passam a ser naturais dentro desse cenário que os atores principais chamam de “articulações”
Por exemplo:
O ex-deputado federal João Caldas conversou com meio mundo de gente, inclusive o PT, para viabilizar-se como candidato a federal pelo PSB, que ensaiava uma federação com o partido do ex-presidente Lula.
O PSB aqui é comandado pelo prefeito JHC, que é filho de Caldas. Este, anunciou nesta sexta-feira, 25 de março, que agora é candidato pelo União Brasil (UB), partido que abriga bolsonaristas convictos.
Caldas será assim um comandado de Alfredo Gaspar, que abandonou o time do governo estadual, a quem esteve servindo, e recebeu o comando da UB do deputado federal Arthur Lira (PP), que por sua vez é inimigo dos Calheiros.
Lira, inclusive, tomou o UB das mãos do presidente da Assembleia, Marcelo Vitor, de quem ele era aliado.
Vitor, então, partiu para os braços do MDB, controlado pelo senador Renan Calheiros e pelo filho governador, também candidato ao Senado.
O deputado Sérgio Toledo, que estava no PL, partido de Jair Bolsonaro, viu a situação pesando para o seu lado e também pulou fora da legenda. Hoje namora com o grupo palaciano da praça dos Martírios. Mas, está indeciso entre o MDB e o solidariedade. Sendo que neste último caso teria que montar uma chapa forte para se reeleger.
E para onde vai Marx Beltrão, cujo PSD que comandava passou a ser controlado pelo candidato ao governo do Estado, Rui Palmeira?
Hoje, dizem, que o deputado do litoral sul estaria mais inclinado a compor com o grupo de Lira
Há muito mais gente correndo atrás do prejuízo e levando rasteiras nas caladas da noite. E rasteiras de caras ditas inocentes que navegam em qualquer dilúvio.
Sem falar no senador Collor que já mandou avisar pelas redes sociais: “Não mexam com o meu silêncio”!
Enfim, o certo é que os bastidores dessas histórias são tensos e há feridas abertas que não serão curadas com placebos.
E muito menos com sal grosso.