7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Três meses: Servidores de Maceió seguem em greve

Desde o dia 17 de julho, trabalhadores da rede municipal estão em um movimento unificado

Trabalhadores da rede municipal de Maceió realizaram, nesta terça-feira (23), um ato público em frente ao Tribunal de Justiça, na Praça Deodoro. Lideranças do Sinteal e do Sindprev foram recebidas pela assessoria do desembargador Fábio Bitencourt e conversaram sobre o andamento do processo de greve, que já dura três meses.

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), após julgar ação do prefeito Rui Palmeira, que pedia a ilegalidade do movimento, declarou que o movimento é legal.

Desde o dia 17 de julho, trabalhadores da rede municipal estão em um movimento unificado, reivindicando o reajuste salarial da categoria que deveria ter sido implantado em janeiro, de acordo com a database.

Sem propostas da prefeitura, as categorias uniram forças, realizaram paralisações e mobilizações, até que deflagraram a greve. O percentual, que inicialmente era 0%, avançou para 1,85%, e chegou ao indesejado 3%.

A Câmara Municipal de Maceió havia comprometido em não colocar em votação a Mensagem do Prefeito Rui Palmeira até o resultado de uma reunião de conciliação entre a categoria e a prefeitura, no Tribunal de Justiça do Estado. A Justiça já decretou a legalidade da paralisação.

A primeira reunião aconteceu no mesmo dia em que o judiciário brasileiro aprovou, pra si mesmo, reajuste de 16% no próprio salário. E em Maceió, os servidores não conseguem mais de 3%.

“O prefeito Rui Palmeira alega que está acima do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas nós sabemos que Maceió ainda está bem abaixo, o que permitiria o reajuste que reivindicamos. Afinal, estamos com os salários defasados desde 2015”, argumentou o presidente do Sindspref, Sidney Lopes, lembrando que mensalmente gasta-se mais de oito milhões de reais com terceirizados.