6 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Tsunami da Educação: Manifestantes fazem protestos contra cortes em mais de 170 cidades

Em Maceió, estudantes, servidores públicos e integrantes de movimentos sociais se reuniram em frente ao Cepa e pela Av. Fernandes Lima seguiram até o Centro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Convocados por entidades sindicais e movimentos estudantis, professores, técnico-administrativos e estudantes participam hoje (13), em várias cidades do país, de atos contra o contingenciamento de recursos da educação, em defesa da autonomia das universidades públicas e contra a reforma da Previdência.

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), há atos agendados em ao menos 170 cidades dos 26 estados, além do Distrito Federal. A manifestação nacional é uma continuidade da mobilização de maio, organizada em defesa da manutenção das verbas para o ensino superior.

Para a União Nacional dos Estudantes (UNE), os contingenciamentos anunciados pelo governo afetam não só o ensino superior, mas também a educação básica, o ensino médio e programas de alfabetização.

De acordo com a UNE, os protestos também são contra a proposta do Ministério da Educação (MEC) de instaurar o programa Future-se, que, segundo a pasta, busca o fortalecimento da autonomia administrativa, financeira e da gestão das universidades e institutos federais. Para as entidades sindicais e movimentos estudantis, o projeto transfere atribuições dos governos para o mercado.

Maceió

Na capital alagoana, estudantes, servidores públicos e integrantes de movimentos sociais se reuniram em frente ao Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), no bairro do Farol, de onde saem em caminhada pela Avenida Fernandes Lima em direção ao Centro.

Às 8h o grupo se concentrou no Cepa e, por volta de 10h, os manifestantes saíram em caminhada pela Avenida Fernandes Lima em direção ao Centro, deixando o trânsito lento na região. O ato terminou às 12h30.

O movimento foi chamado de Tsunami da Educação ou Greve Nacional da Educação, e é contrário ainda às mudanças na forma de investimento em universidades públicas previstas no projeto de governo batizado de “Future-se”.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas (Sintietfal), Hugo Brandão, os institutos e as universidades federais ameaçam não concluir o ano letivo por falta de orçamento.

“Bolsonaro cortou 30% das verbas dos institutos e universidades federais. Disse que se fosse aprovada a reforma da Previdência poderia devolver os R$ 6,1 bilhões retirados da educação. Mas, quem acreditou nesse discurso foi enganado, mais uma vez”. Hugo Brandão, presidente do Sintietfal.

O Gerenciamento de Crises da Polícia Militar e o Batalhão de Polícia Escolar acompanhou o protesto, que seguiu até o Palácio República dos Palmares, ocupando parte da Fernandes Lima, no sentido Centro.