A “farra” de uma Oscip no governo municipal de Maceió tem sido acompanhada à distância pela maioria dos vereadores da capital. A organização atende pelo nome de BRA e cumpre o papel de consumir recursos públicos com a terceirização de serviços.
Exatamente como faziam as Oscips dos governos Kátia Born e Cícero Almeida e o Ministério Público vivia no pé dos gestores para tirá-las de circulação e colocar servidors concursados na saúde, na educação, assistência social, entre outras pastas.
A BRA é considerada na Câmara por alguns vereadores como a caixa preta do governo Rui Palmeira. A empresa é controlada por um político ligado ao prefeito, segundo as informações de bastidores.
Interferência – Uma investigação sobre a BRA por meio de uma audiência pública na Câmara foi proposta pelo vereador Cleber Costa (PT), mas a maioria dos vereadores não apoia a iniciativa. O líder do prefeito, vereador Eduardo Canuto (PV), já interferiu pelo menos três vezes para evitar que a Câmara convoque a audiência para discutir os serviços considerados sombrios da Oscip tucana.
Na última sexta-feira, 10, Cleber Costa esperava realizar a sessão pública para debater a BRA, mas o vereador Eduardo Canuto, na defesa do prefeito, pediu vistas na proposta da sessão e esta não pode ser realizada.
Têm sido sucessivas as ações para blindar a Oscip e a administração de Palmeira neste caso. A organização não governamental opera sem ser incomodada pelos órgãos de fiscalização, como o MP.
Os vereadores sabem que a Oscip consome milhões dos cofres municipais. Conhecer os números reais, onde estão sendo gastos e quem está se beneficiando com a BRA é a pretensão do vereador. No entanto, a bancada do prefeito evita que esses números sejam revelados à sociedade.