Está ficando cada vez mais próximo. Com a chegada do dia 1º de janeiro, posse de Lula (PT), vitorioso nas eleições presidenciais, o derrotado Jair Bolsonaro (PT) sabe que não tem muito tempo como presidente. E sem conseguir esconder seu temor com isso, chorou mais uma vez em público diante dos apoiadores. Desta vez, também ao lado de sua esposa, Michele Bolsonaro.
Na tarde de ontem (20), o casal presidencial foi ao encontro de apoiadores que ainda se aglomeraram em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília.
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Ansiosos por uma “autorização” de Jair para um golpe militar e impedir que “Lula suba a rampa”, eles deve ter mais uma vez se frustrado, porque o ex-capitão e futuro ex-presidente ficou em silêncio. De novo. E chorou. De novo.
Enquanto o grupo fazia uma oração, Michelle, que também permaneceu calada, ajoelhou-se na grama e começou a chorar. Eles estavam acompanhados de auxiliares e seguranças.
Os manifestantes também pediram um minuto de silêncio “para Bolsonaro e a primeira-dama”. Apesar deles não estarem mortos, ambos sabem que com tantos processos pela frente, a vida será muito difícil sem as benécias da imunidade parlamentar. Algo inédito para Bolsonaro, que por mais de três décadas exerceu cargo público.
De qualquer forma, os apoiadores do mito sempre terão mais 72 horas para clamar o próximo acontecimento que fará a eleição ser revertida. Em tempo: no mesmo dia do choro, Bolsonaro renovou a concessão da Globo, que durante anos ele ameaçava e chamava de globolixo, por mais 15 anos.