O prefeito Rui Palmeira foi até Brasília buscar mais apoio da União para o bairro do Pinheiro. Ele se reuniu no Ministério da Integração Nacional, com representantes de órgãos federais, onde solicitou recursos e a continuidade dos estudos para identificar as causas das rachaduras que afetam imóveis e vias públicas na região.
Acompanhado pelos secretários municipais de Governança e Defesa Civil, José Lages Júnior e Dinário Lemos, e o de Desenvolvimento Territorial, Mac Lira, o gestor enfatizou a importância da integração dos órgãos federais para o caso.
No encontro, o prefeito reforçou a necessidade do apoio do Governo Federal. “Conversamos com o secretário nacional de Defesa Civil, que se colocou à disposição, e seguiremos apoiando os órgãos do Governo Federal para que os técnicos identifiquem o mais breve possível o motivo das rachaduras”, disse Rui Palmeira.
No Pinheiro, técnicos da Defesa Civil de Maceió estão realizando levantamentos em relação à população para encaminhar dados ao Governo Federal. A equipe também tem realizado o monitoramento por meio de réguas, que apontam se houve ou não dilatação das rachaduras.
Uma nova etapa do estudo deve ser iniciada em breve, visto que a CPRM está realizando um processo de aquisição de equipamentos de alta precisão para a análise do solo, o que deve colaborar com o diagnóstico.
Rachaduras
A Prefeitura de Maceió e o Governo do Estado foram cobrados, em julho deste ano, pelos Ministério Público Estadual, para que sejam cumpridas as recomendações, feitas pelo Serviço de Geologia do Brasil e o Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para solucionar e apontar as causas das rachaduras no bairro do Pinheiro.
Após a publicação em junho, o MP abriu um procedimento de investigação para apurar o caso. O bairro de Maceió sofre com rachaduras, ocorridas nos meses de Fevereiro e Março. Alguns moradores preferem ficar fora dos imóveis e aguardam um laudo final sobre os motivos das rachaduras.
Entre as solicitações, agora cobradas pelo MPE, estão o Mapeamento com delimitação integral da área atingida pelo fraturamento, instalação de uma rede de monitoramento geodésico e de uma rede de monitoramento sismográfico.
A região foi a que mais sofreu com o abalo sísmico no início deste ano. No dia 3 de março, um forte tremor foi sentido nos bairros do Bebedouro, Cruz das Almas, Jatiúca, Farol, Feitosa, Pinheiro e Serraria na capital Alagoana.
O acontecimento incomum provocou pânico em moradores, que chegaram a evacuar prédios, casas e foram para as ruas assustados. Os relatos de maior tremor foram no Pinheiro, onde até mesmo moradores em casas sentiram o evento. Nos demais bairros, só os que estavam em apartamentos.