29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

1º de maio tem manifestações de centrais sindicais e bolsonaristas

Em SP, grupos serão separados por um forte esquema de segurança enquanto referenciam Dia do Trabalho ou liberdade de Daniel Silveira

São Paulo hoje (1º) terá atos contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL). Enquanto grupos bolsonaristas marcaram uma manifestação em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), na Avenida Paulista, centrais sindicais se reunirão na Praça Charles Miller, a 3 km de distância.

Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), 840 policiais e 128 viaturas vão patrulhar os atos e as estações de metrô. Além disso, as forças de segurança terão 2 caminhões blindados, 5 cães, 20 cavalos e 2 drones.

Assim como nas manifestações do 7 de Setembro do ano passado, há risco de confronto. Em 2021, grupos ligados à campanha “Fora Bolsonaro”, organizada pelo PT, PCdoB, Psol e centrais sindicais também realizaram protestos a 3 km de atos de apoiadores do presidente da República.

O ato das centrais sindicais em comemoração ao Dia Internacional do Trabalhador terá início às 10h, enquanto o ato da direita começará às 9h com uma celebração religiosa e com os discursos políticos a partir das 14h.

Bolsonaristas

Segundo a deputada Carla Zambelli (PL), o movimento a favor do Presidente Bolsonaro foi uma iniciativa “popular e espontânea”, sendo considerado um ato de “manifestação pela liberdade”.

O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, usou um evento oficial ontem (30) em Uberaba (MG) para convocar seus aliados a participarem dos atos convocados para este domingo, 1º de Maio.

“Aqueles que, porventura, irão às ruas amanhã, não para protestar, mas para dizer que o Brasil está no caminho certo. Que o Brasil quer que todos joguem dentro das quatro linhas da Constituição. E dizer que não abrimos mão da nossa liberdade. Amanhã não será dia de protestos. Será dia de união do nosso povo para um futuro cada vez melhor pra todos nós”. Jair Bolsonaro.

O ato deve contar com a presença de Bolsonaro; do ministro da Economia, Paulo Guedes; e da ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, por videochamada. Apenas a equipe de Damares confirmou a participação da ex-ministra.

A deputada Bia Kicis (PL-DF) convocou os apoiadores para o evento, que está marcado às 9h, em frente ao Museu Nacional. A congressista também confirmou sua presença.

“Nós vamos apoiar o decreto de indulto do Presidente Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira. Porque agora Daniel se tornou um símbolo da luta pela liberdade”. Bia Kicis.

O deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) irá comparecer ao evento. Ele foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 8 anos e 9 meses de prisão, em regime inicial fechado, por declarações e ameaças contra os ministros da Corte. Uma das pautas dos atos bolsonaristas é o perdão da pena de Silveira –concedido pelo presidente Bolsonaro em forma do decreto da graça constitucional.

Centrais sindicais

A manifestação na Praça Charles Miller, no Pacaembu, terá a presença do ex-presidente Lula (PT). O ato será organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e outras centrais.

Segundo a prefeitura de São Paulo, as centrais enviaram uma solicitação para realizar o evento há cerca de 2 meses. O evento terá como tema Emprego, Direitos, Democracia e Vida. Shows de Daniela Mercury, Francisco El Hombre, Leci Brandão, Dexter e DJ KL Jay marcarão presença no ato.

Além de São Paulo, centrais de outros Estados também vão se mobilizar no Dia Internacional do Trabalhado: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina. Em Brasília, o ato começa às 16h, no estacionamento da Funarte.

Manifestações na praia

Em Maceió, as manifestações acontecerão na área da Ponta Verde. Os bolsonaristas estarão concentrados no Espaço Vera Arruda, na praia de Jatiúca. Já os lulistas vão se concentrar na área da praia de Sete Coqueiros, exatamente como aconteceu nos anos anteriores.