20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

Acusados de torturar e matar Franciellen vão à juri nesta quarta-feira

O crime aconteceu em fevereiro de 2013

Ascom

Na manhã desta quarta-feira (23), o Tribunal do Júri da 9ª Vara Criminal da Capital leva a julgamento, Vanessa Ingrid da Luz Souza, Thiago Handerson Oliveira Santos, Saulo José Pacheco de Araújo e Victor Uchôa Cavalcanti, acusados de torturar e queimar viva a jovem Franciellen Araújo Rocha, em 14 fevereiro de 2013. O júri popular começou às 8h, e está sendo conduzido pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim.

Nayara da Silva também será levada a julgamento, mas exclusivamente pelo crime de tortura.

De acordo com a denúncia, por volta das 19h30, no bairro Cruz das Almas, Franciellen Araújo foi espancada e torturada pelos acusados, com auxílio de menores de idade. Por volta das 22h, a jovem foi levada ao Condomínio Residencial Serra Mar, na Serraria, onde a vítima teve braços e pernas imobilizados por fitas adesivas e teria desmaiado após mais uma série de espancamentos, momento em que teve seu corpo coberto por gasolina e ateado fogo.

O crime teria sido motivado por causa de uma crise de ciúmes de Vanessa com relação ao seu parceiro, conhecido como Ninho do Zé Tenório, e então teria resolvido matar toda mulher que tivesse se envolvido ou se envolvesse com ele.

O plano de Vanessa

Para dar início ao seu plano, Vanessa teria convidado amigos para uma festa em seu apartamento, prometendo

Jovem Franciellen Araújo, foi espancada e carbonizada ainda viva. Foto: Reprodução/Facebook

fornecer bebidas e entorpecentes. Quando a festa começou, Vanessa questionou uma jovem sobre suposto relacionamento com seu o parceiro. A menor negou e apontou Franciellen como a pessoa que mantinha relacionamento com o companheiro de Vanessa.

Neste momento, Vanessa Ingrid ordenou então que a menor atraísse a vítima para o apartamento. Com a insistência da colega, Franciellen confirmou sua ida à festa com mais duas amigas. Na chegada, Thiago recepcionou a vítima com um murro no rosto, que caiu no chão e foi arrastada até o quarto onde se iniciou o espancamento por mais de duas horas, com murros, chutes, pancadas na cabeça, corte do cabelo com faca de mesa, queimaduras no rosto com pontas de cigarros, sobrancelhas raspadas e sufocamento com toalha molhada.

Ao final da festa, ainda segundo a denúncia, Vanessa teria dado R$ 10 reais para que as amigas de Franciellen fossem embora de táxi, ameaçadas para que não contassem nada a ninguém. Após esse momento, os acusados saíram no carro de Saulo, pararam para comprar gasolina, seguindo em direção ao conjunto José Tenório.

Os réus teriam entrado em uma estrada de barro deserta e lá forçaram Franciellen a descer do veículo, conduzindo-a por vários metros onde a sentaram no chão, momento em que Thiago e Victor a imobilizaram com fitas adesivas, nos braços e nas pernas. Em seguida, Vanessa Ingrid teria reiniciado as torturas, até a vítima desmaiar. Neste momento, os acusado jogaram gasolina no corpo de Franciellen, e Vanessa Ingrid teria ateado fogo.