8 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

ALE: Emocionada, Flávia Cavalcante relato sobre como é viver com fibromialgia

Síndrome provoca dores por todo o corpo da pessoa por longos períodos, causando sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles

Flávia Cavalcante (MDB) relatou sobre como é viver com fibromialgia

A fibromialgia foi tema do pronunciamento da deputada Flávia Cavalcante (MDB) na sessão desta quarta-feira, 12, no plenário da Assembleia Legislativa. “É uma doença pouco conhecida, mas que atinge de 2% a 10% da população brasileira e, em cada 10 portadores, oito são mulheres”, afirmou.

A doença é uma síndrome que provoca dores por todo o corpo da pessoa por longos períodos, causando sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles. A deputada revelou que é portadora da síndrome e conhecedora de seus sintomas e que está procurando meios de ajudar os fibromiálgicos do Estado.

 “Junto com a dor, a fibromialgia também causa fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade. Não se sabe a razão porque as mulheres são mais afetadas. Não parece haver uma relação com hormônios, pois a fibromialgia afeta as mulheres antes e depois da menopausa”. Flávia Cavalcante (MDB).

Com o objetivo de divulgar ainda mais a doença, a deputada destacou outros sintomas, como fadiga – onde a pessoa já acorda se sentindo cansada, mesmo que tenha dormido por muitas horas -, problemas de memórias, concentração e digestivo, além do inchaço nos joelhos, mãos e pés.

“Sou portadora de fibromialgia há 10 anos, mas demorei quase três para ser diagnosticada. Sentia muitas dores no corpo, passei por vários médicos, cada um apontava um problema diferente. Cheguei a tomar, por quase dois anos, 12 comprimidos por dia, o que acabou me causando uma úlcera”. Flávia Cavalcante.

A deputada conclamou a todos para que a Sindrome da Fibromialgia fosse mais divulgada no Estado. Em Alagoas, o único local em que se pode fazer um tratamento é no Hospital Universitário, por ele ter um setor de doenças crônicas. Ela informou que o diagnóstico é feito clinicamente, por meio do histórico dos sintomas e do exame físico.

“Não existem testes laboratoriais que possam realizar o diagnóstico, mas o médico pode solicitar exames de sangue para que outras doenças com sintomas e características semelhantes possam ser descartadas entre os possíveis diagnósticos. Já o tratamento é multidisciplinar, com fisioterapia, programa de exercícios, psicólogo, psiquiatra e reumatologista”. Flávia Cavalcante.

Por fim, a deputada disse que a doença não tem cura e que é preciso alertar a população e os órgãos estaduais para ter um olhar diferenciado para os pacientes.

“Trouxe o caso ao plenário porque encontrei muita gente com a síndrome, inclusive com um caso de suicídio, pois a pessoa não tinha mais condições de trabalhar, por sentir muitas dores e acabou entrando em depressão”. Flávia Cavalcante..

Fibromialgia se caracteriza por dor crônica em vários pontos do corpo, fadiga, distúrbio do sono

Em aparte, os deputados Dudu Ronalsa (PSDB), Fátima Canuto (PRTB), Ângela Garrote (PP), Cabo Bebeto (PSL) e Marcelo Beltrão (MDB) se solidarizaram com o pronunciamento e elogiaram a postura de Flávia Cavalcante em levar um caso pessoal ao plenário da Casa. Fátima Canuto disse que o depoimento fará com que outras pessoas procurem especialistas.

Dudu Ronalsa pediu que o projeto que trata sobre a Sindrome da Fibromialgia fosse levado à AMA e à UVEAL. Cabo Bebeto defendeu a aposentadoria para a pessoa que for diagnosticada com a doença, por ser incapacitante.

Ângela Garrote destacou que é preciso investir em locais para que se possa realizar exames mais detalhados e Marcelo Beltrão disse que vai propor uma audiência pública para debater o assunto.