Desde o ano passado a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) luta pela manutenção do Programa do Leite, que foi cancelado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). O atraso do repasse de recursos destinados ao Programa em Alagoas pode deixar cerca de 80 mil famílias desassistidas.
Em 2017, o presidente da AMA, Hugo Wanderley, recebeu a diretoria Cooperativa de Produtores de Leite do Estado e reforçou junto a bancada federal alagoana a importância do programa que é estruturante e transformou a vida de muita gente em para Alagoas.
“O cancelamento pode causar uma grande desordem social. Muitas famílias dependiam do leite distribuído para reforçar a alimentação de crianças, nutrizes e gestantes em situação de risco alimentar” afirmou Wanderley.
Na outra ponta, mais de 3 mil agricultores familiares que fornecem leite para o programa correm o risco de perder uma importante renda, de R$ 1,26 por cada litro fornecido, o que pode elevar a maioria deles a abandonar a atividade.
O governo federal não cumpriu o que o presidente Michel Temer prometeu em ampliar e regularizar os pagamentos, obrigando o Programa improvisar os pagamentos somente com a contrapartida do Estado durante todo o ano. No ano passado, o programa operou com cerca de R$ 7 milhões de contrapartida do Estado.
Programa do Leite
O Programa do Leite em Alagoas foi criado em 2002 e, atualmente, distribui cerca de 50 mil litros de leite por dia beneficiando cerca de 80 mil famílias de baixa renda. A distribuição é feita na base de 4 litros por semana para cada beneficiário nos 102 municípios Alagoanos.