O sentimento dos policiais militares é de aquartelamento, diante do impasse com o governo estadual sobre a aplicação do IPCA nos salários da tropa. A Associação dos Oficiais vai realizar uma assembleia geral dia 25, mas já sabe que se fosse hoje a decisão seria a paralisação.
A operação padrão é questionada pela maioria que pretende dar uma resposta dura ao governo Renan Filho (PMDB) por ter fechado a porta para a negociação com os militares. Na medida em que o governo propôs um indice de 5% para todos os servidores públicos e deixou a corporação de fora criou um séria crise de relacionamento entre as partes.
O clima é hostil e tenso. A alegação do governo para não conceder o reajuste, segundo o dirigente da Assomal, tenente Mizael Pessoa, é de que, por terem, os militares, repactuado as perdas salariais de 2003 a 2008, não teriam direito a reajuste agora.
Para ele, cada coisa tem o seu devido lugar. A repactuação atrasada nada tem a ver com reajuste salarial que é direito de toda corporação ativa e inativa.
Essa é uma história bem entendida entre os militares e por isso a ideia do aquartelamento se espalha pelos batalhões com força. Em não havendo uma negociação antes da assembleia geral, será difícil demover os militares dessa decisão, segundo a Assomal.