28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Atacado, varejo e indústria de Alagoas cresceram 45% no mês de março

Análise traz comparação a março de 2020; destaques ficaram para o segmento industrial e para o varejo no setor de bebidas e material de construção

Foto: Ascom Sefaz-AL

A Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz) divulgou, nesta terça-feira (13), o novo boletim do movimento econômico em Alagoas que constata que as atividades econômicas de atacado, varejo e indústria obtiveram um crescimento nominal, em conjunto, de 45% no mês de março de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior.

A Sefaz analisou os documentos fiscais eletrônicos emitidos no período, avaliando os efeitos das medidas de regulação das atividades econômicas durante a pandemia na economia do estado.

Os destaques do mês ficaram para o segmento industrial, que elevou esta média do período e para o varejo que vem apresentando resultados positivos desde junho do ano passado.

De acordo com os dados, o varejo apresentou crescimento de 36% no seu total, apresentando índices positivos em todas as suas atividades.

Nos valores mais significativos de emissões, destacaram-se os setores de bebidas (112%), material de construção (67%), hipermercados e supermercados (32%), comércio de veículos, alimentos e medicamentos (29%) e combustíveis (23%), que juntos representaram 75% dos valores totais emitidos.

Apesar de a pandemia continuar impactando os diversos segmentos econômicos, o varejo vem apresentando resultados positivos desde junho de 2020, em comparação ao ano anterior. Dentro da atividade varejista, os segmentos que repetidamente apresentam resultados positivos são aqueles relacionados às necessidades básicas da população, que são supermercados e hipermercados.

O segmento industrial teve crescimento de 72% no total, tendo se destacado positivamente entre os valores mais significativos a fabricação de cloro e álcalis (796%), resinas (186%), fabricação de produtos químicos (96%), fabricação de açúcar (53%), moagem de alimentos (42%), e a fabricação de alimentos (41%), representando 75% dos valores de emissões no período.

O crescimento representativo do segmento industrial se deu devido ao fato de indústrias do ramo de cloro e álcalis, produtos químicos e resinas terem retomado suas atividades, que no exercício anterior haviam sido reduzidas drasticamente.

No setor, as atividades que tiveram resultados negativos foram fabricação de fumo (-32%) e frigoríficos e peixarias (-4%), representando menos de 1% em relação ao total de emissões no período.

Já o setor atacadista teve aumento de 31% no seu total, com ênfase positiva nos segmentos representativos de atacadistas de construção (60%), atacadista de mercadorias (37%), atacadista de produtos químicos (34%), bebidas (29%), combustíveis (26%) e alimentos (21%), que representaram 87% dos valores totais emitidos.

Apesar de a atividade econômica de bares e restaurantes estar enquadrada em prestação de serviços, fez-se necessária uma análise de forma específica desta atividade por ter sido afetada diretamente pelos decretos estaduais de março de 2020 e março de 2021.

Vale ressaltar que, em março de 2020, os bares e restaurantes funcionaram normalmente 20 dias no mês, com o decreto estadual em vigor a partir do dia 21. Já em março de 2021, foram 18 dias de funcionamento normal, com o decreto estadual entrando em vigor no dia 19.

Fazendo uma análise comparativa dos três primeiros meses do ano de 2021 em relação aos mesmos meses do ano anterior, verificou-se um crescimento nominal nesta atividade de 4%, 9% e 6%, respectivamente.

Apesar de os bares e restaurantes terem sofrido restrições para funcionar por 13 dias em março de 2020 e 11 dias em março de 2021, não houve queda nesta atividade porque os períodos de funcionamento normal foram semelhantes.