A restrição para apresentação dos artistas alagoanos em bares e restaurantes no atual estágio da pandemia, mais uma vez, gerou protestos da categoria que se sente extremamente prejudicada.
O governo estadual tem suas razões em propor regras para prevenção à pandemia, mas pode e deve rever os efeitos causados pelo decreto quando prejudica um dos setores mais atingidos nessa onda que é exatamente o meio artístico-cultural.
Memória – Não custa refrescar a memória dos governantes que o setor cultural foi um dos primeiros setores a parar em meio à essa crise da saúde pública.
Sessões de cinema, shows de música, estreia de peças, concertos e exposições de arte foram suspensos logo na chegada do vírus ao país.
Todas as atividades, que dependem da aglomeração de gente e da venda de ingressos, foram interrompidas, mas, nem no governo central, nem nos estaduais houve houve um plano claro, transparente, para suprir a renda dos profissionais do setor.
Editais -De acordo com a Secretaria de Estado da Cultura ( Secult) o governo já publicou meios de contribuir com os artistas e já pagou 12 dos 17 editais de apoio aos profissionais.
O problema é que os artistas alegam que há erros na divulgação nos editais, além de já terem buscado dialogar com a Secult e não serem atendidos.
Mas, de acordo com o governo, já foram pagos R$ 10 milhões e os demais editais serão pagos dentro do prazo. O resultado final deverá ser publicado na próxima segunda-feira, 28.
A questão está posta e cabe ao governador Renan Filho (MDB) tomar pé verdadeiramente da situação, para que os profissionais desse meio não continuem no prejuízo. Se há ajustes a serem feitos nos editais que aconteçam.
Ainda é tempo e pode ser feito. Que se faça então, urgentemente.
O apoio ao setor é fundamental por uma questão de justiça e necessário reconhecimento.
Do contrário, quem vai bancar as contas dos artistas?