Em depoimento à Polícia Civil, o bolsonarista Alan Diego dos Santos Rodrigues declarou que a ideia inicial dos envolvidos na tentativa de atentado a bomba no Distrito Federal, na véspera do Natal passado, era colocar o artefato na área de embarque do Aeroporto JK.
Segundo ele, desde que chegou no acampamento do Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano, em novembro de 2022, que já ouvia as conversas sobre bombas a serem explodidas em Brasília
“A ideia era explodir coisas como se fosse a solução para a intervenção [militar]”, disse ele Polícia Civil do DF (PCDF).
Alan, além de confessar a participação na tentativa de atentado a bomba em Brasília, também falou sobre como conheceu o outro preso, George Washington de Oliveira, parceiro dele no mesmo crime.
Disse que George encomendou explosivos do Pará e fabricou a bomba colocada nos arredores do aeroporto. No dia 24 de dezembro, de madrugada, o empresário teria entregue o material para Alan e dito para que ele colocasse o artefato dentro do aeroporto, na área de embarque, mas que ele decidiu não seguir às ordens do líder acampado.
Diante disso, declarou ainda que quando “a ficha caiu”, teria resolvido procurar um telefone público para comunicar a polícia sobre o artefato.
Segundo afirmou, teria tentado avisar à PMDF e ao Corpo de Bombeiros sobre a existência da bomba, mas o atendente acreditou se tratar de um trote. George Washington teria chegado a ligar para Alan a fim de saber o andamento do plano terrorista.
Mas, a bomba foi descoberta pelo motorista do caminhão tanque. Ele inspecionou o veículo e descobriu a bomba plantada o que o fez ligar de imediato para a polícia militar. E só assim o material foi desativado.