19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Bolsonaro diz que vetará extensão do auxílio emergencial de R$ 600

Governo propõe apenas mais duas parcelas de R$ 300 a informais, desempregados e beneficiários do Bolsa Família

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pretende vetar a prorrogação do auxílio emergencial motivado pela pandemia do coronavírus se o Congresso decidir pela manutenção do valor atual, de R$ 600.

A declaração foi dada durante transmissão em rede social. A mesma que ela defendeu invasão de hospitais. Na última semana, o Ministério da Economia informou que pretende pagar duas parcelas adicionais, no valor de R$ 300 cada.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defende a manutenção dos R$ 600 mensais. Mas Paulo Guedes, titular da Economia, acha que esse valor deixa a vida do brasileiro muito na boa:

“Se falarmos que vai ter mais três meses, mais três meses, mais três meses, aí ninguém trabalha. Ninguém sai de casa e o isolamento vai ser de oito anos porque a vida está boa, está tudo tranquilo. E aí vamos morrer de fome do outro lado. É o meu pavor, a prateleira vazia”. Paulo Guedes, ministro da Economia, que defende o valor de apenas 200 reais.

Segundo o presidente, o pagamento de duas parcelas adicionais de R$ 600 ao público que já recebe o auxílio emergencial geraria um impacto adicional de R$ 100 bilhões nas contas públicas. O que atrapalharia na gestão da dívida pública e da taxa básica de juros da economia (taxa Selic).

Auxílio

Até o momento, duas das três parcelas previstas de R$ 600 já foram depositadas nas contas dos beneficiários. Há, ainda, cadastros pendentes de análise na Caixa Econômica e na estatal Dataprev, que faz a checagem dos dados.

O auxílio emergencial de R$ 600 pago a informais, desempregados e famílias mais afetadas economicamente pelo coronavírus. O cronograma da terceira parcela, segundo Bolsonaro, pode ser divulgado na próxima semana.